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Anfavea: como reagir à falta de peças e às fábricas paradas?

Mercado diminuiu 10,2% em relação a agosto e previsões indicam crescimento tímido para 2021

Paralisação: Volkswagen anunciou a paralisação de duas fábricas por falta de componentes (Volkswagen/Divulgação)

Paralisação: Volkswagen anunciou a paralisação de duas fábricas por falta de componentes (Volkswagen/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 6 de outubro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 6 de outubro de 2021 às 10h37.

A Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos no Brasil, comentará hoje (6) o resultado de vendas em setembro e como o setor continua afetado pela falta de semicondutores para as linhas de produção. Nas semanas anteriores ao anúncio, diferentes empresas tiveram que dispensar funcionários e até interromper a produção, como foram os casos de Fiat, Renault e Volkswagen.

Os efeitos da falta de componentes foram duramente sentidos pela indústria automotiva no último mês: foram vendidas 142.354 unidades, o que significa redução de 10,2% em relação a agosto (que ficou com 158.501 emplacamentos). E o mercado teve resultado ainda pior quando comparado ao mesmo período de 2020 – com 198.765 unidades vendidas em setembro –, com retração de 28,4%.

Se há 12 meses o clima era de recuperação pelo fim da primeira fase da pandemia, agora, os fabricantes lutam para conseguir fornecedores de semicondutores e até reconfiguram modelos para recompensar a falta de equipamentos. Mesmo assim, o mercado deverá continuar abaixo dos números estimados pelas empresas no início do ano e, de acordo com novas previsões, deve crescer só 3,1%.

Sendo assim, o segmento de veículos leves (que incluem automóveis e comerciais leves, como picapes e SUVs) deverá fechar este ano com 2.011.157 emplacamentos. Em janeiro, a Fenabrave, associação que representa concessionários, estimava crescimento de 15,8% quando comparado a 2020. Considerando o mercado total – que inclui caminhões e ônibus –, a expectativa é de avançar 11,1%.

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