Nova York - A controladora da American Airlines, a AMR Corporation, anunciou nesta quarta-feira que seu prejuízo líquido no primeiro semestre deste ano foi de US$ 516 milhões (US$ 1,55 por ação), 32,5% a menos que no mesmo período em 2009.

Além disso, a AMR informou ter tido queda de 97,3% no prejuízo líquido do segundo trimestre de 2010, para US$ 11 milhões (US$ 0,03 por ação), seu melhor resultado no período nos últimos dois anos.

A segunda maior companhia aérea americana anunciou ainda que seu faturamento no acumulado do ano aumentou em 10,4%, até US$ 10,742 bilhões, enquanto as despesas operacionais cresceram 6,8%, até US$ 10,844 bilhões.

A receita operacional trimestral foi de US$ 5,674 bilhões, mas as despesas operacionais subiram 7,1%, chegando a US$ 5,478 bilhões.

Ao contrário de suas concorrentes, a American não foi capaz de aproveitar a recuperação da demanda após a recessão para sair do vermelho.

Isso se deveu em parte ao aumento de 24% do custo do combustível no segundo trimestre, além de outro de 19% no conjunto do primeiro semestre, quando os gastos chegaram a US$ 3,131 bilhões.

A companhia com sede em Fort Worth (Texas) também anunciou hoje seu plano de comprar 35 Boeings 737-800 para substituir seus MD-80, que consomem mais combustível. A American Airlines receberá os novos aviões em 2011 e 2012.

"Apesar do encarecimento do combustível, que provocou forte aumento em nossas despesas, tivemos substanciais progressos em termos financeiros", afirmou o executivo-chefe, Gerard Arpey, ao apresentar as contas.

Ele acrescentou que a AMR segue focada em seus "principais objetivos", que são "aumentar as receitas, controlar as despesas e recuperar a rentabilidade de uma forma sustentável".

A companhia também informou que Tom Horton irá assumir o cargo de presidente da AMR e da American Airlines.