Exame Logo

Ambev quer dobrar produção de Budweiser no Brasil até 2014

Objetivo é apostar no aumento de vendas do produto de maior valor agregado

Budweiser: ideia é aumentar a produção para atender demanda que virá com a Copa (Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 16h53.

São Paulo - Dos 3 bilhões de reais que a Ambev pretende investir neste ano no país, boa parte já tem destino certo: dobrar a produção da marca premium de cerveja Budweiser no Brasil. O objetivo é apostar no aumento de vendas do produto de maior valor agregado que vem ganhando participação no mercado brasileiro.

Segundo Nelson Jamel, vice-presidente de finanças da companhia, as marcas premium vem ganhando maior importância no negócio nos últimos anos. Em 2010, esses produtos representavam 4% do volume total de cervejas vendidos pela Ambev, fatia que subiu para 6% em 2012.

O crescimento se dá tanto com as marcas internacionais, como Budweiser, como as nacionais, como Bohemia e Original. "Com o aumento de produção, nossa intenção é que as marcas representem 8% do volume vendido até 2014", afirmou Jamel.

A Ambev não divulga quanto da marca Budweiser é hoje produzido no Brasil nem onde a fábrica será construída. Mas o plano é que a nova unidade esteja pronta para atender o aumento da demanda previsto para a Copa de 2014 no país.

A grande vantagem para a companhia em investir em marcas premium é a de se resguardar para o caso de aumento de preços - e queda das vendas - dos produtos fabricados. Por incentivarem um desembolso maior pelo produto por parte dos consumidores, as premium geram uma maior margem para a companhia, além de não sofrerem impacto de queda nas vendas pro caso de reajuste, como o que foi preciso fazer o ano passado.

Em 2012, as bebidas fabricadas pela Ambev tiveram um rejuste médio de 9,5%. O motivo foi o aumento de custos de produção, com o crescimento do preço de alumínio, açúcar e distribuição direta, bem como o aumento de impostos e inflação. "Cerca de 40% de nossos custos de produção são calculados em dólar, por isso a valorização da moeda americana tem tanto impacto", disse Jamel.


Para este ano, o reajuste de preço deve seguir a inflação, seguindo a "política estratégica da Ambev", e o aumento de impostos que deve acontecer em abril e outubro. A empresa não comentou a previsão de quanto será esse aumento de repasse.

Embalagem retornável

Além dos recursos destinados ao aumento de produção da Budweiser, o montante de 3 bilhões de reais de investimentos da companhia inclui a construção das novas fábricas já anunciadas e novos centros de distribuição, otimização logística e melhoria de produção. Outro plano é o de aumentar a produção e distribuição dos produtos de embalagem retornável de 300 ml para todo o país.

"Estaremos investindo em quatro novas linhas, já que esse tipo de produto se mostrou um sucesso em 2012", afirmou o executivo.

No ano passado a Ambev comercializou 117,486 milhões de hectolitros de bebidas no Brasil, alta de 3,1% ante os 113,960 milhões de hectolitros vendidos em 2011. A receita líquida cresceu 12,7%, de 18,616 bilhões de reais para 20,977 bilhões de reais em 2011.

O reajuste de preço e controle de despesas compensaram o aumento de custos e contribuíram para que a Ambev lucrasse quase 10 bilhões de reais em 2012, um aumento de 22%.

Veja também

São Paulo - Dos 3 bilhões de reais que a Ambev pretende investir neste ano no país, boa parte já tem destino certo: dobrar a produção da marca premium de cerveja Budweiser no Brasil. O objetivo é apostar no aumento de vendas do produto de maior valor agregado que vem ganhando participação no mercado brasileiro.

Segundo Nelson Jamel, vice-presidente de finanças da companhia, as marcas premium vem ganhando maior importância no negócio nos últimos anos. Em 2010, esses produtos representavam 4% do volume total de cervejas vendidos pela Ambev, fatia que subiu para 6% em 2012.

O crescimento se dá tanto com as marcas internacionais, como Budweiser, como as nacionais, como Bohemia e Original. "Com o aumento de produção, nossa intenção é que as marcas representem 8% do volume vendido até 2014", afirmou Jamel.

A Ambev não divulga quanto da marca Budweiser é hoje produzido no Brasil nem onde a fábrica será construída. Mas o plano é que a nova unidade esteja pronta para atender o aumento da demanda previsto para a Copa de 2014 no país.

A grande vantagem para a companhia em investir em marcas premium é a de se resguardar para o caso de aumento de preços - e queda das vendas - dos produtos fabricados. Por incentivarem um desembolso maior pelo produto por parte dos consumidores, as premium geram uma maior margem para a companhia, além de não sofrerem impacto de queda nas vendas pro caso de reajuste, como o que foi preciso fazer o ano passado.

Em 2012, as bebidas fabricadas pela Ambev tiveram um rejuste médio de 9,5%. O motivo foi o aumento de custos de produção, com o crescimento do preço de alumínio, açúcar e distribuição direta, bem como o aumento de impostos e inflação. "Cerca de 40% de nossos custos de produção são calculados em dólar, por isso a valorização da moeda americana tem tanto impacto", disse Jamel.


Para este ano, o reajuste de preço deve seguir a inflação, seguindo a "política estratégica da Ambev", e o aumento de impostos que deve acontecer em abril e outubro. A empresa não comentou a previsão de quanto será esse aumento de repasse.

Embalagem retornável

Além dos recursos destinados ao aumento de produção da Budweiser, o montante de 3 bilhões de reais de investimentos da companhia inclui a construção das novas fábricas já anunciadas e novos centros de distribuição, otimização logística e melhoria de produção. Outro plano é o de aumentar a produção e distribuição dos produtos de embalagem retornável de 300 ml para todo o país.

"Estaremos investindo em quatro novas linhas, já que esse tipo de produto se mostrou um sucesso em 2012", afirmou o executivo.

No ano passado a Ambev comercializou 117,486 milhões de hectolitros de bebidas no Brasil, alta de 3,1% ante os 113,960 milhões de hectolitros vendidos em 2011. A receita líquida cresceu 12,7%, de 18,616 bilhões de reais para 20,977 bilhões de reais em 2011.

O reajuste de preço e controle de despesas compensaram o aumento de custos e contribuíram para que a Ambev lucrasse quase 10 bilhões de reais em 2012, um aumento de 22%.

Acompanhe tudo sobre:AmbevBebidasbebidas-alcoolicasBudweiserCervejasEmpresasEmpresas abertasEmpresas belgasInvestimentos de empresasLucro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame