Negócios

Ambev pode se associar com outras cervejarias artesanais

Após negócio com a Wäls, a empresa de bebidas Ambev poderá se associar a outras cervejarias artesanais, incrementando estratégia de apostar em cervejas premium


	Ambev: "podemos nos aliar com outras empresas, mas não é prioridade no momento", afirmou diretor de marketing
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Ambev: "podemos nos aliar com outras empresas, mas não é prioridade no momento", afirmou diretor de marketing (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 18h02.

SÃO PAULO - A empresa de bebidas Ambev poderá se associar a outras cervejarias artesanais após adicionar a mineira Wäls no seu portfólio, incrementando estratégia de apostar em cervejas premium, que possuem maior margem.

"Podemos nos aliar com outras empresas, mas não é prioridade no momento", afirmou o diretor de marketing da Bohemia, Daniel Wakswaser, em coletiva de imprensa com jornalistas nesta terça-feira.

Sob o negócio recém-anunciado, os ativos da Wäls e da cervejaria Bohemia, de Petrópolis (RJ), serão reunidos em uma nova empresa, controlada pela Ambev. A unidade de Petrópolis é responsável por versões especiais da Bohemia, como Escura, Weiss e Confraria, além dos rótulos Bela Rosa, Japutiba e Caá-Yari.

Sem divulgar valores para a transação, a Ambev se limitou a dizer que os sócios da Wäls José Felipe Carneiro e Tiago Carneiro terão participação acionária na nova companhia, também participando de suas decisões estratégicas.

Criada em 1999, a Wäls produz 500 hectolitros de cerveja por mês e teve faturamento anual de cerca 9 milhões de reais no ano passado.

Inicialmente, tanto a fábrica da Wäls em Belo Horizonte quanto a da Bohemia em Petrópolis continuarão tocando suas operações de maneira independente. "Naturalmente nosso próximo passo é atender mais consumidores", disse Wakswaser, ressalvando que ainda não foram definidas estratégias de distribuição para a Wäls utilizando a rede da Ambev.

A capilaridade da gigante de bebidas é considerada uma de suas grandes fortalezas. Atualmente, a Ambev responde por quase 70 por cento do mercado de cervejas no Brasil.

As cervejas da Wäls, por outro lado, são encontradas em poucos Estados do país, através de uma pequena quantidade de distribuidoras.

O modelo de associação com cervejarias menores lembra a compra pela rival Schincariol da cervejaria Baden Baden, de Campos do Jordão (SP), e da carioca Devassa, ambas em 2007, além da aquisição da catarinense Eisenbahn em 2008.

A Schincariol foi adquirida pela japonesa Kirin em 2011. Mas a investida da Ambev ocorre em um momento de renovado interesse pelas cervejas artesanais.

No âmbito do novo negócio da Ambev, Wäls e Bohemia vão lançar em março a Saison d’Alliance, cerveja com especiarias de sálvia, gengibre e hortelã e fermentação com uma cepa de levedura original do interior da Bélgica.

A cerveja terá edição limitada de 2 mil litros, disse a Ambev, acrescentando que as garrafas com a bebida terão 375 ml cada e serão fechadas com rolhas.

Acompanhe tudo sobre:AmbevBebidasbebidas-alcoolicasCervejasEmpresasEmpresas abertasEmpresas belgas

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões