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Ambev eleva lucro com ajuda de cervejas no Brasil

Empresa viu o lucro líquido subir 9,4% e alertou que vai investir menos este ano, após alta de impostos do setor

Unidade da Ambev em Guarulhos, São Paulo: geração de caixa medida pelo Ebitda cresceu 11,6 por cento na comparação anual, a 4,044 bilhões de reais, também abaixo da projeção de analistas de 4,2 bilhões (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 09h50.

São Paulo - A Ambev viu o lucro líquido subir 9,4 por cento no primeiro trimestre, ajudada por forte aumento da receita com cervejas no Brasil em meio a um clima mais favorável e fraca base de comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa também alertou que vai investir menos este ano, após alta de impostos do setor.

A maior empresa de bebidas da América Latina divulgou nesta quarta-feira um lucro líquido de 2,597 bilhões de reais nos três primeiros meses do ano, pouco abaixo da estimativa média de analistas de 2,8 bilhões de reais.

No período, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 11,6 por cento na comparação anual, a 4,044 bilhões de reais, também abaixo da projeção de analistas de 4,2 bilhões.

A margem Ebitda, por outro lado, sofreu contração de 1,6 ponto percentual, a 44,7 por cento, num reflexo principalmente do recuo em outras receitas operacionais, já que a companhia havia registrado um crédito extraordinário de cerca de 120 milhões de reais em igual período do ano passado.

Enxergando o primeiro trimestre como "um bom começo para 2014", a Ambev chamou a atenção para o desempenho de cervejas no Brasil, seu principal mercado, após a categoria ter mostrado fraco desempenho no ano passado, com diminuição do volume vendido.

O faturamento com cervejas no Brasil avançou 21,1 por cento sobre um ano antes, a 4,994 bilhões de reais, beneficiada por um aumento de 10,9 por cento no volume e de 9,2 por cento na receita por hectolitro, resultado atribuído pela Ambev à "execução sólida e condições climáticas favoráveis durante o verão e o Carnaval, combinados a uma base de comparação mais baixa do ano anterior".

No consolidado de suas operações, a companhia teve receita líquida de 9,045 bilhões de reais no trimestre, crescimento de 15,5 por cento ante mesma etapa de 2013.

Corta previsão de investimento

No comunicado sobre o desempenho, a empresa afirmou ter revisado sua projeção de investimentos no Brasil para menos de 2,8 bilhões de reais em 2014, abaixo da cifra do ano passado e do anunciado anteriormente para este ano, após o governo federal elevar impostos do setor.

Na semana passada, a Receita Federal divulgou ajuste na tabela de tributação sobre bebidas frias, prevendo impacto médio de 2,25 por cento no preço de cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos e refrescos.

A mudança, que valerá a partir de 1o de junho, chega na sequência de uma elevação dos impostos sobre bebidas frias divulgada pelo governo federal no início de abril, com atualização no redutor que define a tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins.

Antes da última mudança tributária ser anunciada, a Ambev chegou a afirmar que não mexeria no preço de suas cervejas até o final da Copa, evento que será encerrado em 13 de julho.

"Dada a decisão do governo federal em aumentar os impostos em junho e o respectivo impacto nos preços ao consumidor à medida que implementamos os ajustes de preços correspondentes, esperamos um efeito negativo para os volumes da indústria", disse a Ambev nesta quarta-feira.

A companhia manteve, no entanto, as estimativas para crescimento da receita líquida entre um dígito alto e dois dígitos baixos no ano, pontuando que a estratégia de embalagens econômicas será "novamente fundamental" nesse cenário, aliada a inovações e expansão das marcas premium.

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A maior empresa de bebidas da América Latina divulgou nesta quarta-feira um lucro líquido de 2,597 bilhões de reais nos três primeiros meses do ano, pouco abaixo da estimativa média de analistas de 2,8 bilhões de reais.

No período, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 11,6 por cento na comparação anual, a 4,044 bilhões de reais, também abaixo da projeção de analistas de 4,2 bilhões.

A margem Ebitda, por outro lado, sofreu contração de 1,6 ponto percentual, a 44,7 por cento, num reflexo principalmente do recuo em outras receitas operacionais, já que a companhia havia registrado um crédito extraordinário de cerca de 120 milhões de reais em igual período do ano passado.

Enxergando o primeiro trimestre como "um bom começo para 2014", a Ambev chamou a atenção para o desempenho de cervejas no Brasil, seu principal mercado, após a categoria ter mostrado fraco desempenho no ano passado, com diminuição do volume vendido.

O faturamento com cervejas no Brasil avançou 21,1 por cento sobre um ano antes, a 4,994 bilhões de reais, beneficiada por um aumento de 10,9 por cento no volume e de 9,2 por cento na receita por hectolitro, resultado atribuído pela Ambev à "execução sólida e condições climáticas favoráveis durante o verão e o Carnaval, combinados a uma base de comparação mais baixa do ano anterior".

No consolidado de suas operações, a companhia teve receita líquida de 9,045 bilhões de reais no trimestre, crescimento de 15,5 por cento ante mesma etapa de 2013.

Corta previsão de investimento

No comunicado sobre o desempenho, a empresa afirmou ter revisado sua projeção de investimentos no Brasil para menos de 2,8 bilhões de reais em 2014, abaixo da cifra do ano passado e do anunciado anteriormente para este ano, após o governo federal elevar impostos do setor.

Na semana passada, a Receita Federal divulgou ajuste na tabela de tributação sobre bebidas frias, prevendo impacto médio de 2,25 por cento no preço de cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos e refrescos.

A mudança, que valerá a partir de 1o de junho, chega na sequência de uma elevação dos impostos sobre bebidas frias divulgada pelo governo federal no início de abril, com atualização no redutor que define a tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins.

Antes da última mudança tributária ser anunciada, a Ambev chegou a afirmar que não mexeria no preço de suas cervejas até o final da Copa, evento que será encerrado em 13 de julho.

"Dada a decisão do governo federal em aumentar os impostos em junho e o respectivo impacto nos preços ao consumidor à medida que implementamos os ajustes de preços correspondentes, esperamos um efeito negativo para os volumes da indústria", disse a Ambev nesta quarta-feira.

A companhia manteve, no entanto, as estimativas para crescimento da receita líquida entre um dígito alto e dois dígitos baixos no ano, pontuando que a estratégia de embalagens econômicas será "novamente fundamental" nesse cenário, aliada a inovações e expansão das marcas premium.

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