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Ambev avalia alternativas para lidar com tabelamento de frete

Companhia divulgou lucro líquido ajustado de 2,35 bilhões de reais para segundo trimestre, crescimento de 9,7 por cento sobre igual período do ano passado

Ambev: empresa conseguiu passar pela greve de caminhoneiros sem grande impacto por causa da capilaridade da distribuição (Germano Lüders/Exame)

Ambev: empresa conseguiu passar pela greve de caminhoneiros sem grande impacto por causa da capilaridade da distribuição (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2018 às 15h32.

São Paulo - A fabricante de bebidas Ambev está acompanhando de perto as discussões nas esferas jurídica e legislativa sobre o tabelamento do frete rodoviário antes de decidir os caminhos a serem tomados, disse nesta quinta-feira o vice-presidente financeiro da companhia, Fernando Tennenbaum.

"É muito cedo e tem muita discussão...É muito difícil chegar a uma conclusão, especialmente num momento em que as informações mudam a cada dia, a cada semana", afirmou Tennenbaum ao ser questionado pela Reuters se a empresa estudava internalizar a operação logística.

Ele evitou dar exemplos sobre alternativas que podem ser tomadas pela empresa se o tabelamento for confirmado quando o Supremo Tribunal Federal (STF) voltar do recesso em agosto.

Tennenbaum destacou que a Ambev conseguiu passar pela greve de caminhoneiros no fim de maio sem grande impacto por causa da capilaridade da distribuição. "Teve impacto em volume, mas depois veio a Copa", disse o executivo, acrescentando que o torneio de futebol mais que compensou a perda com a paralisação.

Na semana passada, o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Roriz Coelho, afirmou que a entidade se mantém contra o estabelecimento de tabela de frete rodoviário mínimo obrigatório, mas vê com bons olhos a criação de uma lista de referência para balizar as negociações de custos de transporte com caminhoneiros.

Nesta semana, o diretor de grãos e processamento da Cargill para América Latina, Paulo Sousa, afirmou que o tabelamento do frete vai forçar empresas a mudar seu modelo de atuação, passando a utilizar frotas próprias de caminhões.

Mais cedo, a Ambev divulgou lucro líquido ajustado de 2,35 bilhões de reais para o segundo trimestre, um crescimento de 9,7 por cento sobre igual período do ano passado.

As ações da Ambev lideravam as altas do Ibovespa às 14h50, avançando 4,81 por cento enquanto o índice mostrava queda de 0,8 por cento.

Em relatório a clientes, o Credit Suisse destacou que a AmBev reportou um sólido resultado para o segundo trimestre, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima das suas expectativa. Entre os pontos postivos, os analistas Antonio Gonzalez e Mariana Hernandes citaram o crescimento de volume vendido no Brasil e preços mais altos, além da confirmação de perspectivas de desempenho da empresa para o ano.

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