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Altice fecha acordo para comprar operações portuguesas da Oi

O grupo fechou acordo para comprar ações portuguesas da Oi por 9,2 bilhões de dólares, no que seria sua 3ª grande aquisição do ano

Oi: para a Oi, a venda representa a dissolução da malfadada fusão com a Portugal Telecom (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 20h58.

Paris/São Paulo - O grupo de telecomunicações Altice fechou acordo para comprar as operações portuguesas da operadora Oi por cerca de 7,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares), no que será sua terceira grande aquisição deste ano.

O empresário franco-israelense de telecomunicações Patrick Drahi, fundador da Altice, vem num movimento de expansão com acordos somando cerca de 30 bilhões de dólares, e agora está a caminho de acrescentar Portugal ao seu portfólio de companhias de serviços a cabo e telecomunicações móveis na França, Israel e República Dominicana.

Para a Oi, maior provedora de telefonia de linha fixa do Brasil, a venda representa a dissolução da malfadada fusão com a Portugal Telecom, que azedou no começo do ano quando o lado português perdeu centenas de milhões de euros no escândalo bancário envolvendo a família Espírito Santo.

As ações da Altice subiram mais de 6 por cento nesta sessão, com reação positiva de investidores ao acordo, embora a Altice tenha precisado elevar o valor de sua oferta original em 375 milhões de euros para combater uma oferta concorrente dos fundos de private equity Apax Partners [APAX.UL] e Bain Capital.

O analista da ING Emmanuel Carlies estimou que a transação adicionará cerca de 9 euros por ação ao valor da Altice.

"A Altice anunciou que entrou em acordo de exclusividade com a Oi para acertar a compra dos ativos portugueses da Portugal Telecom", disse a companhia em comunicado.

Os dois lados vão agora trabalhar para finalizar a aquisição e concluir a diligência contábil durante o que, segundo comunicado da Oi, é um período de exclusividade de 90 dias.

A companhia brasileira informou que a proposta da Altice considera o valor de empresa de 7,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares), excluindo caixa e dívida, e inclui um pagamento diferido de 500 milhões de euros relacionado à geração futura de receita da PT Portugal.

Segundo a Oi, não fazem parte da proposta da Altice os investimentos da PT Portugal na Africatel e Timor Telecom, o endividamento da PT Portugal e os investimentos na Rio Forte Investments.

A Altice completou sua aquisição de maior porte na última quinta-feira através da compra pela sua subsidiária francesa Numericable, de serviços a cabo, da operadora de telefonia móvel SFR. A série de aquisições tem sido alimentada em grande parte por dívidas, e a Altice planeja pagar pela Portugal Telecom com caixa e dívida.

A companhia já possui duas empresas a cabo de pequeno porte em Portugal. A compra da PT Portugal, antigo monopólio estatal, irá posicioná-la em um posto privilegiado para competir com Vodafone e Optimus. A venda dos ativos portugueses da Oi também poderá fazer avançar a debatida consolidação móvel no Brasil.

A Oi tem trabalhado em um plano para se juntar a rivais para comprar e, em seguida, repartir a TIM Participações, segunda maior operadora móvel do país. Mas a Oi precisa vender alguns ativos para reduzir o peso da sua dívida, atualmente em cerca de 46 bilhões de reais, conforme tenta evitar a violação de contratos com detentores de bônus no começo do ano que vem.

Uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Reuters no mês passado que Oi, Telefónica e América Móvil - as duas últimas donas da Vivo e da Claro, respectivamente - vão fazer uma oferta de 32 bilhões de reais pela TIM, para depois dividir o negócio entre elas.

A oferta poderá ser apresentada dias após o acordo envolvendo a Portugal Telecom ser confirmado, disseram analistas e profissionais do mercado financeiro.

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Paris/São Paulo - O grupo de telecomunicações Altice fechou acordo para comprar as operações portuguesas da operadora Oi por cerca de 7,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares), no que será sua terceira grande aquisição deste ano.

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Para a Oi, maior provedora de telefonia de linha fixa do Brasil, a venda representa a dissolução da malfadada fusão com a Portugal Telecom, que azedou no começo do ano quando o lado português perdeu centenas de milhões de euros no escândalo bancário envolvendo a família Espírito Santo.

As ações da Altice subiram mais de 6 por cento nesta sessão, com reação positiva de investidores ao acordo, embora a Altice tenha precisado elevar o valor de sua oferta original em 375 milhões de euros para combater uma oferta concorrente dos fundos de private equity Apax Partners [APAX.UL] e Bain Capital.

O analista da ING Emmanuel Carlies estimou que a transação adicionará cerca de 9 euros por ação ao valor da Altice.

"A Altice anunciou que entrou em acordo de exclusividade com a Oi para acertar a compra dos ativos portugueses da Portugal Telecom", disse a companhia em comunicado.

Os dois lados vão agora trabalhar para finalizar a aquisição e concluir a diligência contábil durante o que, segundo comunicado da Oi, é um período de exclusividade de 90 dias.

A companhia brasileira informou que a proposta da Altice considera o valor de empresa de 7,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares), excluindo caixa e dívida, e inclui um pagamento diferido de 500 milhões de euros relacionado à geração futura de receita da PT Portugal.

Segundo a Oi, não fazem parte da proposta da Altice os investimentos da PT Portugal na Africatel e Timor Telecom, o endividamento da PT Portugal e os investimentos na Rio Forte Investments.

A Altice completou sua aquisição de maior porte na última quinta-feira através da compra pela sua subsidiária francesa Numericable, de serviços a cabo, da operadora de telefonia móvel SFR. A série de aquisições tem sido alimentada em grande parte por dívidas, e a Altice planeja pagar pela Portugal Telecom com caixa e dívida.

A companhia já possui duas empresas a cabo de pequeno porte em Portugal. A compra da PT Portugal, antigo monopólio estatal, irá posicioná-la em um posto privilegiado para competir com Vodafone e Optimus. A venda dos ativos portugueses da Oi também poderá fazer avançar a debatida consolidação móvel no Brasil.

A Oi tem trabalhado em um plano para se juntar a rivais para comprar e, em seguida, repartir a TIM Participações, segunda maior operadora móvel do país. Mas a Oi precisa vender alguns ativos para reduzir o peso da sua dívida, atualmente em cerca de 46 bilhões de reais, conforme tenta evitar a violação de contratos com detentores de bônus no começo do ano que vem.

Uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Reuters no mês passado que Oi, Telefónica e América Móvil - as duas últimas donas da Vivo e da Claro, respectivamente - vão fazer uma oferta de 32 bilhões de reais pela TIM, para depois dividir o negócio entre elas.

A oferta poderá ser apresentada dias após o acordo envolvendo a Portugal Telecom ser confirmado, disseram analistas e profissionais do mercado financeiro.

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