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Ajinomoto do Brasil faz aporte em foodtech de temperos e molhos do Pará

Com faturamento de R$ 3,4 bilhões em 2022, a Ajinomoto do Brasil criou um hub de inovação para diversificar seu portfólio. Conheça a primeira investida:

Manioca: Paulo Reis e Joanna Martins, cofundadores da foodtech investida pela Ajinomoto (Divulgação/Divulgação)
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 8 de novembro de 2023 às 06h06.

A Ajinomoto do Brasil, detentora de marcas como Sazón, Mid e Vono, anuncia nesta quarta-feira, 8, um aporte na foodtech Manioca, especializada em alimentos naturais inspirados na culinária amazônica. O investimento, que não teve o valor divulgado, será usado no aumento da produção da marca paraense e no desenvolvimento de novos produtos.

O aporte é o primeiro realizado pela companhia fora do Japão. O Ajinolab é hub de inovação aberto pelo companhia com o intuito de diversificar seu portfólio. Com faturamento de R$ 3,4 bilhões em 2022, a empresa que chegou no Brasil em 1956 começou uma busca por foodtechs que estivessem inovando a partir da biodiversidade de uma maneira sustentável e ética.

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O presidente da Ajinomoto do Brasil, Shigeo Nakamura, destaca que o anúncio é um marco de extrema importância para a companhia, já que representa o primeiro investimento do Grupo Ajinomoto em uma foodtech fora do Japão.

"O investimento foi determinado pelo compromisso que temos de expandir nossa linha de produtos saudáveis, buscando atender às crescentes demandas do mercado. A missão da Manioca, alinhada à valorização da biodiversidade da Amazônia, pautada no comer bem e fazer o bem, ressoa com os valores e princípios da Ajinomoto”, diz o CEO.

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Os planos da foodtech Manioca

Fundada em 2014 pela publicitária Joanna Martins e pelo advogado Paulo Reis, a Manioca tem o objetivo de popularizar os sabores da culinária amazônica. A foodtech de impacto socioambiental desenvolve, produz e comercializa ingredientes culinários naturais elaborados com insumos amazônicos como mandioca, cumaru e pimentas.

Além disso, atua com linhas de produtos nos segmentos de molhos e temperos, farinhas e feijão, tendo o tucupi e o molho de tucupi preto como os produtos de maior destaque, ambos de origem indígena e muito representativos na culinária amazônica.

"Nosso objetivo é que os ingredientes da Amazônia não sejam mais vistos como ‘exóticos’, queremos incluir na rotina dos consumidores brasileiros", diz Joanna Martins.

A sede da empresa fica em Belém, capital do Pará, e conta com uma cadeia produtiva que engloba 13 municípios do nordeste do estado e 45 famílias.

O food service, que contempla restaurantes, hotéis e bares, foi por muitos anos o principal canal de vendas da marca. Com o investimento da Ajinomoto, a expectativa é aumentar sua presença em redes de supermercados e empórios de todo o país.

Hoje, a marca está presente em quatro estados:

"A Manioca está atualmente em 150 pontos de venda. A expectativa é chegar a 1.500 até o final de 2024", diz Paulo Reis.

Por que cada vez mais indústrias avançam para o varejo?

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