Soja, um dos insumos da Agrenco: sem dinheiro, empresa para produção
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2011 às 10h12.
São Paulo – A Agrenco vai paralisar suas fábricas e demitir parte dos funcionários, diante dos problemas que encontra para implementar o plano de recuperação judicial. As medidas foram anunciadas nesta sexta-feira, após uma reunião malsucedida com credores ontem.
No encontro, os credores informaram a empresa que não têm interesse em realizar novos aportes no fundo de investimento criado para salvar a Agrenco. A companhia também não encontrou outros investidores interessados em capitalizá-la.
O fundo de investimento é a peça central do plano de recuperação judicial, aprovado pelos credores em maior deste ano. Seu objetivo era receber aportes de capital de credores e investidores interessados em apoiar a reestruturação da Agrenco.
Retomada
O dinheiro obtido com o fundo seria usado, em última instância, para comprar matérias primas para processamento nas plantas de Alto Araguaia e Caarapó. A intenção era de que as fábricas voltassem a operar já na safra 2011/2012.
Sem o interesse de credores e investidores em bancar o fundo de investimento, a compra de insumos ficará comprometida e as operações serão suspensas. Em nota à imprensa, a Agrenco afirma que “ainda está procurando alternativas viáveis para a recuperação de sua operação brasileira.”
Em abril, foi aprovada uma linha de 130 milhões de reais para a Agrenco, proveniente do GEM Global Yield Fund Limited, um fundo de investimentos inglês. O dinheiro já tinha, como destino, apoiar as operações do Alto Araguaia e de Caarapó.