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Ações da Marfrig sobem 9,7% com venda da Moy Park

A transação foi considerada positiva para o perfil de crédito da companhia pela agência de classificação de riscos Fitch

As ações da Marfrig, do empresário Marcos Molina, lideraram na segunda-feira, 22, as altas do Ibovespa, encerrando o dia com valorização de 9,73% (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 08h57.

São Paulo - A venda da companhia irlandesa Moy Park, braço do grupo brasileiro Marfrig na Europa , para a gigante de carnes JBS , da família Batista, foi bem recebida pelo mercado.

As ações da companhia, do empresário Marcos Molina, lideraram na segunda-feira, 22, as altas do Ibovespa, encerrando o dia com valorização de 9,73%, cotadas a R$ 5,30. A operação, que foi anunciada no domingo, foi fechada por US$ 1,5 bilhão, incluindo cerca de US$ 300 milhões em dívidas.

A transação foi considerada positiva para o perfil de crédito da companhia pela agência de classificação de riscos Fitch. Em relação ao JBS, a Fitch considera a operação neutra. Em relatório no mês passado, a Fitch avaliou que o Marfrig deveria concentrar esforços para reduzir o nível de endividamento.

Em teleconferência com analistas, Marcelo Di Lorenzo, diretor de relações com os investidores do Marfrig, afirmou que a empresa vai utilizar os recursos para reduzir substancialmente sua dívida bruta.

A previsão é que o dinheiro entre em caixa entre o terceiro e o quarto trimestre. A companhia encerrou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 10,73 bilhões.

Com a venda da Moy Park, o endividamento cairia cerca de R$ 5 bilhões, para R$ 5,7 bilhões, tomando-se como base um câmbio de R$ 3,10 por dólar e a dívida ao final do primeiro trimestre.

A relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), um importante indicador de alavancagem, fechou o primeiro trimestre de 2015 em 5,82 vezes, no ajuste anualizado.

Considerando o primeiro trimestre, a relação da dívida está em 6,2 vezes.

No relatório do Besi Brasil, a instituição estima que a alavancagem da do Marfrig deve cair para 4,7 vezes, nível que ainda é "desconfortável, especialmente porque haverá uma redução na geração de caixa". Segundo a analista Catarina Pedrosa, uma queda do nível de endividamento de modo mais efetivo deve ocorrer em 2018, se o BNDES converter suas debêntures (títulos da dívida) em ações da Marfrig.

O Citi, por sua vez, calcula que a alavancagem ficará em quase 3 vezes dívida líquida/Ebitda no quarto trimestre deste ano - mais do que seria atingido com o IPO da Moy Park. Essa projeção de alavancagem é bem inferior à estimativa anterior, de 5,1 vezes.

No início do ano, a Marfrig tinha anunciado intenção de abrir o capital da Moy Park, mas considerou que a venda dessa operação foi a maneira mais rápida para reduzir sua alta alavancagem. Di Lorenzo afirmou que a companhia não pretende se desfazer de mais ativos.

Segundo ele, "a transação é transformacional e resolve a questão da estrutura de capital da companhia". Mesmo considerando a operação positiva, o Citi acredita que a venda pode reduzir a rentabilidade do grupo. "A venda de 100% do negócio com um prêmio de controle proporcionará uma desalavancagem maior que a esperada com o IPO". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A venda da companhia irlandesa Moy Park, braço do grupo brasileiro Marfrig na Europa , para a gigante de carnes JBS , da família Batista, foi bem recebida pelo mercado.

As ações da companhia, do empresário Marcos Molina, lideraram na segunda-feira, 22, as altas do Ibovespa, encerrando o dia com valorização de 9,73%, cotadas a R$ 5,30. A operação, que foi anunciada no domingo, foi fechada por US$ 1,5 bilhão, incluindo cerca de US$ 300 milhões em dívidas.

A transação foi considerada positiva para o perfil de crédito da companhia pela agência de classificação de riscos Fitch. Em relação ao JBS, a Fitch considera a operação neutra. Em relatório no mês passado, a Fitch avaliou que o Marfrig deveria concentrar esforços para reduzir o nível de endividamento.

Em teleconferência com analistas, Marcelo Di Lorenzo, diretor de relações com os investidores do Marfrig, afirmou que a empresa vai utilizar os recursos para reduzir substancialmente sua dívida bruta.

A previsão é que o dinheiro entre em caixa entre o terceiro e o quarto trimestre. A companhia encerrou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 10,73 bilhões.

Com a venda da Moy Park, o endividamento cairia cerca de R$ 5 bilhões, para R$ 5,7 bilhões, tomando-se como base um câmbio de R$ 3,10 por dólar e a dívida ao final do primeiro trimestre.

A relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), um importante indicador de alavancagem, fechou o primeiro trimestre de 2015 em 5,82 vezes, no ajuste anualizado.

Considerando o primeiro trimestre, a relação da dívida está em 6,2 vezes.

No relatório do Besi Brasil, a instituição estima que a alavancagem da do Marfrig deve cair para 4,7 vezes, nível que ainda é "desconfortável, especialmente porque haverá uma redução na geração de caixa". Segundo a analista Catarina Pedrosa, uma queda do nível de endividamento de modo mais efetivo deve ocorrer em 2018, se o BNDES converter suas debêntures (títulos da dívida) em ações da Marfrig.

O Citi, por sua vez, calcula que a alavancagem ficará em quase 3 vezes dívida líquida/Ebitda no quarto trimestre deste ano - mais do que seria atingido com o IPO da Moy Park. Essa projeção de alavancagem é bem inferior à estimativa anterior, de 5,1 vezes.

No início do ano, a Marfrig tinha anunciado intenção de abrir o capital da Moy Park, mas considerou que a venda dessa operação foi a maneira mais rápida para reduzir sua alta alavancagem. Di Lorenzo afirmou que a companhia não pretende se desfazer de mais ativos.

Segundo ele, "a transação é transformacional e resolve a questão da estrutura de capital da companhia". Mesmo considerando a operação positiva, o Citi acredita que a venda pode reduzir a rentabilidade do grupo. "A venda de 100% do negócio com um prêmio de controle proporcionará uma desalavancagem maior que a esperada com o IPO". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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