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Rede Raia Drogasil dá lição para os tempos de crise

Raia e Drogasil se uniram em 2011 para criar a líder do setor no país

Raia Drogasil: a rede de farmácias foi escolhida a empresa do ano de Melhores e Maiores (Flavio Santana/ Biofoto/Exame)

Raia Drogasil: a rede de farmácias foi escolhida a empresa do ano de Melhores e Maiores (Flavio Santana/ Biofoto/Exame)

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EXAME Hoje

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 06h57.

Última atualização em 8 de agosto de 2017 às 07h54.

A rede de farmácias Raia Drogasil foi escolhida a empresa do ano no levantamento Melhores e Maiores, de EXAME, em evento realizado na noite desta segunda-feira, em São Paulo. A vitória é um retrato das companhias que se destacaram em 2016, um ano de cortes de custos e de excelência operacional.

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Raia e Drogasil se uniram em 2011 para criar a líder do setor no país. Não foi uma integração fácil e nem rápida. Entre 2011 e 2013 a rentabilidade da companhia caiu de 3,2% para 2,6%; as ações recuaram 35% no mesmo período. Mas a união começou a render frutos nos últimos anos.

Um dos responsáveis pela virada foi o presidente Marcílio Pousada, ex-presidente da rede de livrarias Saraiva, contratado para acelerar a integração. Ele reorganizou os planos de carreira, remuneração e treinamento e conseguiu diminuir a rotatividade de 60% para 30%. Também acelerou a expansão e criou duas subsidiárias, a Farmasil, rede de farmácias populares, e a 4Bio, vendedora de remédios de alta tecnologia.

De 2013 a 2016, a receita da empresa cresceu 36% em dólares e 83% em reais – o faturamento é de 3,4 bilhões de dólares. As ações subiram mais de 300% no período. Sem planos para novas aquisições, a Raia Drogasil ainda tem muito espaço para crescer organicamente, dizem analistas do setor.

“Apesar de ser uma empresa centenária, a drogaria como conhecemos tem pouco mais de cinco anos. Nesse período, abrimos 700 lojas. Apenas neste ano foram 200 unidades”, afirmou Pousada.

Outro destaque da noite foi a Minerva Foods, escolhida a melhor empresa do Agronegócio. A companhia, controlada pela família Queiroz e com capital aberto desde 2007, venceu pela constância. Suas ações historicamente foram negociadas abaixo do patamar de concorrentes muito mais agressivos, e ruidosos, como Marfrig e JBS. Mas a crise das concorrentes virou oportunidade. A JBS, encurralada pela Lava-Jato, vendeu em junho suas operações na Argentina, no Paraguai e no Uruguai justamente à Minerva, o que deverá fazer o faturamento da companhia crescer 30% em 2017.

Em anos difíceis como o que vivemos, coragem, eficiência – e sorte – fazem toda a diferença.

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