A ofensiva do Uber para reconquistar Londres
ÀS SETE - O CEO da empresa vai se reunir com o diretor da Transporte for London (TfL), que afirmou que o Uber é “inapropriado e inapto”
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2017 às 06h43.
Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 07h37.
Pouco mais de um mês após assumir o comando da problemática empresa de transportes Uber , Dara Khosrowshahi precisará mostrar que a companhia está realmente mudando para não perder um de seus mercados mais importantes.
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Dara viaja para Londres, onde se reunirá com o diretor da Transporte for London (TfL), Mike Brown, após a organização não renovar a licença da companhia para operar na cidade.
O encontro acontece dez dias após a TfL afirmar que o Uber é “inapropriado e inapto” porque sua abordagem e conduta “demonstram falta de responsabilidade corporativa com relação às potenciais implicações de segurança e de proteção pública”.
As preocupações da TfL sobre a empresa incluem a falta de acesso das autoridades regulatórias ao sistema do Uber para fiscalizar suas operações e o fato de a empresa não ter reportado casos de agressão sexual por parte de seus motoristas.
A licença do Uber para operar em Londres expirou no dia 30 de setembro, mas os cerca de 40.000 motoristas poderão continuar trabalhando enquanto os recursos contra a decisão estiverem em análise.
A reunião será crucial para Khosrowshahi mostrar trabalho, já que ele prometeu transformar a cultura empresarial do Uber. Na semana passada, Khosrowshahi pediu desculpas pelos “erros” da empresa em Londres e prometeu corrigi-los.
Em meio à crise da empresa em Londres, a diretora responsável pelas operações no Reino Unido, Jo Bertram, pediu demissão ontem. Em uma carta aos colegas, Bertram disse que “decidiu passar para algo novo e emocionante” depois de quatro anos com a empresa.
Não é de hoje que o Uber enfrenta problema com as autoridades das cidades e países onde atua. Entre os casos mais recentes, desde julho o Uber teve que suspender o serviço UberPop, serviço similar ao UberX, na Finlândia por conta das regulações do país.
Em abril, a Itália bloqueou temporariamente o Uber depois de encontrar indícios de concorrência desleal. A proibição foi anulada em maio. Semanas depois, o Uber anunciou o fim das operações na Dinamarca, onde operava desde 2014, depois que os promotores acusaram a companhia de operar um negócio de táxis ilegal. Neste cenário, perder Londres seria uma das maiores derrotas da companhia.