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A Kroton põe em marcha seu plano B

A empresa precisa mostrar que é possível continuar crescendo após o Cade vetar sua proposta de compra da Estácio

Galindo,da Kroton: planos de expansão da companhia devem ser acelerados após Cade vetar compra da Estácio (Germano Lüders/Exame)
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EXAME Hoje

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 06h13.

Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 07h34.

Há duas semanas a companhia de educação Estácio animou os investidores ao apresentar bons resultados e mostrar que vai muito bem sem a Kroton. Nesta sexta-feira é a vez de a Kroton mostrar que é possível continuar crescendo após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica vetar sua proposta de compra da Estácio, no fim de junho.

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Analistas do banco Brasil Plural esperam uma alta de 5,3% no lucro, na comparação com o segundo trimestre de 2016, para 547 milhões de reais, enquanto a receita deve crescer 4,5%, para 1,45 bilhão de reais. “Com a implementação contínua de iniciativas de eficiência, acreditamos que a empresa deve ser capaz de alcançar ou mesmo mais uma vez superar seus objetivos”, dizem os analistas do banco em relatório.

Há duas semanas a Estácio apresentou um lucro de 166,3 milhões de reais, ante o prejuízo de 20 milhões de reais no segundo trimestre de 2016. O prejuízo aconteceu por conta de uma série de ajustes contábeis, mas, mesmo desconsiderando esses ajustes, o lucro de abril a junho deste ano foi 110% maior do que o do mesmo período do ano passado.

A apresentação dos planos de expansão da Estácio para os próximos 18 meses também animou os investidores. Acionistas da Kroton esperam, agora, que a companhia também dê novas pistas sobre seus planos de expansão. O presidente da empresa, Rodrigo Galindo, já afirmou que pretende antecipar a abertura de novos campi e focar na aquisição de faculdades de pequeno e médio porte nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – onde a Kroton tem pouca atuação.

A companhia quer avançar na educação básica, mercado ainda muito pulverizado. Nesta semana o blog Brazil Journal publicou que a Kroton está disposta a pagar 5 bilhões de reais pela Somos Educação especializada na produção de conteúdo para o ensino básico e fundamental. A oferta representa um prêmio de 30% sobre o valor de mercado atual da companhia. No ensino a distância, em que a Kroton detém 37% do mercado nacional e também tem agressivos planos de expansão, as oportunidades também aumentam. Em maio, o Ministério da Educação mudou as regras desse setor e liberou mais de 10.000 polos para faculdades.

Separadas, Kroton e Estácio, até aqui, estão muito bem, obrigado.

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