A Kroton põe em marcha seu plano B
A empresa precisa mostrar que é possível continuar crescendo após o Cade vetar sua proposta de compra da Estácio
EXAME Hoje
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 06h13.
Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 07h34.
Há duas semanas a companhia de educação Estácio animou os investidores ao apresentar bons resultados e mostrar que vai muito bem sem a Kroton. Nesta sexta-feira é a vez de a Kroton mostrar que é possível continuar crescendo após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica vetar sua proposta de compra da Estácio, no fim de junho.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seçãoÀs Setee comece o dia bem informado:
- Pence vem à América Latina de olho em eleições de 2020
- Temer vai ao Mato Grosso para inaugurar fábrica de etanol
- Movimentações políticas de Doria miram Brasília
- Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Analistas do banco Brasil Plural esperam uma alta de 5,3% no lucro, na comparação com o segundo trimestre de 2016, para 547 milhões de reais, enquanto a receita deve crescer 4,5%, para 1,45 bilhão de reais. “Com a implementação contínua de iniciativas de eficiência, acreditamos que a empresa deve ser capaz de alcançar ou mesmo mais uma vez superar seus objetivos”, dizem os analistas do banco em relatório.
Há duas semanas a Estácio apresentou um lucro de 166,3 milhões de reais, ante o prejuízo de 20 milhões de reais no segundo trimestre de 2016. O prejuízo aconteceu por conta de uma série de ajustes contábeis, mas, mesmo desconsiderando esses ajustes, o lucro de abril a junho deste ano foi 110% maior do que o do mesmo período do ano passado.
A apresentação dos planos de expansão da Estácio para os próximos 18 meses também animou os investidores. Acionistas da Kroton esperam, agora, que a companhia também dê novas pistas sobre seus planos de expansão. O presidente da empresa, Rodrigo Galindo, já afirmou que pretende antecipar a abertura de novos campi e focar na aquisição de faculdades de pequeno e médio porte nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – onde a Kroton tem pouca atuação.
A companhia quer avançar na educação básica, mercado ainda muito pulverizado. Nesta semana o blog Brazil Journal publicou que a Kroton está disposta a pagar 5 bilhões de reais pela Somos Educação especializada na produção de conteúdo para o ensino básico e fundamental. A oferta representa um prêmio de 30% sobre o valor de mercado atual da companhia. No ensino a distância, em que a Kroton detém 37% do mercado nacional e também tem agressivos planos de expansão, as oportunidades também aumentam. Em maio, o Ministério da Educação mudou as regras desse setor e liberou mais de 10.000 polos para faculdades.
Separadas, Kroton e Estácio, até aqui, estão muito bem, obrigado.