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A hora das aquisições?

Em tempos difíceis, qualquer sinal de fumaça pode ser o indício de uma grande mudança. Desta vez, analistas e investidores especulam se os grandes negócios fechados esta semana são um indício de tempos mais agitados no mercado. Desde o último domingo 12, três grandes companhias anunciaram aquisições que somam quase 4,8 bilhões de reais. No domingo […]

POSTO DE COMBUSTÍVEL DA REDE ALE: empresa foi comprada pela concorrente Ipiranga num dos três negócios da semana / Leo Drumond/Nitro (Leo Drumond/Nitro/Reprodução)

POSTO DE COMBUSTÍVEL DA REDE ALE: empresa foi comprada pela concorrente Ipiranga num dos três negócios da semana / Leo Drumond/Nitro (Leo Drumond/Nitro/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 20h33.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

Em tempos difíceis, qualquer sinal de fumaça pode ser o indício de uma grande mudança. Desta vez, analistas e investidores especulam se os grandes negócios fechados esta semana são um indício de tempos mais agitados no mercado. Desde o último domingo 12, três grandes companhias anunciaram aquisições que somam quase 4,8 bilhões de reais.

No domingo 12, a distribuidora de combustíveis Ipiranga anunciou a compra da concorrente Ale por 2,2 bilhões de reais. Na quarta-feira 15 a gestora de ativos canadense Brookfield adquiriu 50% de três concessões de linhas de transmissão de energia elétrica no Brasil. Ontem, foi a vez do grupo de energia CPFL comprar a distribuidora de energia gaúcha AES Sul. Quais serão os próximos?

O problema, no Brasil, é que a incerteza política impedia que os investidores fizessem o que costumam fazer em grandes crises econômicas: comprar empresas em dificuldades. Nos primeiros cinco meses de 2016, o país teve 363 transações de fusão e aquisição, segundo pesquisa da consultoria Transactional Track Record (TTR). O número é 6% menor do que o do mesmo período do ano passado.

É vislumbrando um cenário político menos conturbado e com a sinalização de novas medidas econômicas nos próximos meses que o número de fusões e aquisições deve crescer. “A perspectiva do país no longo prazo ainda é positiva e isso deve impulsionar o número de aquisições e fusões”, dizWagner Rodrigues, diretor de pesquisa da TTR.

Em entrevista sobre a compra da AES, o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, listou outras empresas nas quais a companhia tem interesse. A Brookfield também já declarou interesse em outros ativos, e está em negociações para a compra da Odebretch Ambiental e da NTS, uma das divisões de gasodutos da Petrobras. Se depender dessas empresas, o volume – e valor – de aquisições no país só vai aumentar.

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