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A chave de inovação do Nubank: bermudas, 25 nacionalidades e 30% LGBT 

A empresa conquistou espaço focando nos brasileiros mais jovens com um cartão de crédito sem anuidade gerido somente via aplicativo

 (Nubank/Divulgação)

(Nubank/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 27 de junho de 2019 às 06h00.

Última atualização em 27 de junho de 2019 às 11h45.

Sete anos depois de criada, a startup Nubank cresceu a ponto de se candidatar a peso-pesado no mercado financeiro nacional. O Nubank é a sexta maior instituição financeira do país em número de clientes, com 10 milhões. Desses, 5,5 milhões têm contas digitais, ou seja, podem levar seu dinheiro para ser gerido pelo Nubank. Há clientes Nubank em todos os municípios brasileiros.

A empresa conquistou espaço focando os brasileiros mais jovens, que abraçaram o primeiro produto, um cartão de crédito sem anuidade gerido somente via aplicativo. Com o sucesso do cartãozinho roxo, enveredou por contas digitais e investimentos. O resultado é que as receitas se multiplicaram por 45 em quatro anos: de 28 milhões de reais em 2015 para 1,3 bilhão no ano passado.

O desafio, agora, é o Nubank provar que consegue manter a cultura revolucionária quando ele mesmo virou um concorrente respeitável no mercado financeiro. Para isso, a aposta de seu fundador, o colombiano David Vélez, está em garantir a manutenção da cultura de startup.

Entre os 1 600 funcionários há 25 nacionalidades, e cerca de 30%  são LGBT, segundo Vélez. Bermudas são comuns e quem quiser pode até levar o cachorro para o trabalho. “A diversidade é a chave da inovação. Você não consegue inovar com uma equipe só de homens, em que todo mundo fez a mesma faculdade e se veste igual”, diz Vélez.

Uma das prioridades é a expansão internacional. Em meados de junho, a empresa anunciou a entrada na Argentina. Um mês antes, havia chegado ao México. Os dois países têm realidades semelhantes à do Brasil: forte concentração bancária, população jovem e muita gente sem acesso a serviços financeiros. O modelo de internacionalização no qual o Nubank se espelha está muito mais para Amazon e Uber do que para Itaú e Bradesco.

Uma parte pequena, mas crescente, dos clientes do Nubank nunca teve conta em banco e pertence às classes C e D. Eles estão entre os alvos da conta digital, lançada em 2017. Para chegar a novos públicos, o Nubank continuará diversificando também da porta para dentro.

A reportagem completa com a fintech com grandes desafios está na edição 1188 de EXAME, disponível nas bancas, no app (para iPhone, iPad e Android) e no site EXAME.

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