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7 empresas vão sobreviver ao apocalipse do varejo - e só uma é brasileira

Estudo do Credit Suisse analisa quais varejistas possuem as melhores chances contra a disrupção de negócios como Amazon

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MAGAZINE LUIZA: varejista teve nova alta de 46% no valor de marca. (Germano Lüders/Exame)

MAGAZINE LUIZA: varejista teve nova alta de 46% no valor de marca. (Germano Lüders/Exame)

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Mariana Fonseca

Publicado em 9 de agosto de 2018 às, 06h00.

Última atualização em 9 de agosto de 2018 às, 06h00.

São Paulo -  Os shopping centers fantasmas que assombram os Estados Unidos há algum tempo são, para alguns especialistas, os primeiros sinais do "apocalipse do varejo": aquele momento em que as lojas tradicionais sofrerão fatalmente com a disrupção de empresas tecnológicas como a Amazon. Foi o que aconteceu com a rede de brinquedos Toys R Us e está acontecendo com as redes Macy's e Sears, com dezenas de lojas fechadas nos últimos meses.

O Credit Suisse, que já previu que de 20 a 25% dos shoppings centers dos Estados Unidos fechariam as portas nos últimos cinco anos, atacou novamente. Em estudo reproduzido pelo veículo Business Insider, o banco escolheu apenas sete companhias que continuarão financeiramente fortes e sobreviverão ao suposto apocalipse.

A instituição financeira calculou o retorno econômico sobre o investimento dos principais players do varejo mundial, uma métrica conhecida como Cash Flow Return On Investment (CFROI). Comparando o CFROI atual com a média dos últimos cinco anos e a projeção para 2019, o Credit Suisse analisou quais companhias já estavam precificadas para retornos econômicos menores e maiores.

Em resumo, as varejistas sobreviventes são aquelas que possuem um braço de comércio eletrônico grande e crescente, ajudando a levantar os resultados. Ao mesmo tempo, ser eficiente com os custos fixos - incluindo os grandes espaços do varejo tradicional - ajuda a manter uma operação financeiramente enxuta.

Há nomes esperados na lista do Credit Suisse, como Dufry (que está por trás dos adorados Duty Free, presentes nos aeroportos) e a chinesa JD.com. Uma surpresa, porém, é a presença de uma brasileira na lista: o Magazine Luiza. O estudo foi elaborado antes do resultado animador apresentado nesta semana pela companhia, de 94,5% de aumento no lucro.

Veja, a seguir, as sete empresas que escaparão do "apocalipse do varejo":

Empresa Sede Valor de mercado no momento do estudo
Zalando Berlim (Alemanha) 14 bilhões de dólares
JD.com Beijing (China) 63 bilhões de dólares
Magazine Luiza Franca (São Paulo, Brasil) 6 bilhões de dólares
Home Product center Nonthaburi (Tailândia) 6 bilhões de dólares
Burlington Stores New Jersey (Estados Unidos) 11 bilhões de dólares
ASOS Londres (Reino Unido) 8 bilhões de dólares
Dufry Basel (Suíça) 8 bilhões de dólares

Fronteiras borradas

Não estão na lista do Credit Suisse as varejistas que já borraram a fronteira entre o físico e o online. Causa uma certa estranheza não ver nomes como Walmart, Whole Foods (que se integrou à Amazon) e o Hema, supermercado da gigante Alibaba que se tornou uma referência em varejo do futuro.

No Brasil, o Grupo Pão de Açúcar já permite que os clientes agendem horário nos caixas e recebam ofertas moldadas a seu padrão de compras. E outros tantos estão começando a aderir ao digital por meio da associação com startups especializadas.

O sucesso no varejo será fruto de um bom casamento entre as duas dimensões, disse Kim Posnett, diretora global de internet na banca de investimentos do Goldman Sachs. “O paradigma não é uma coisa ou a outra", resume. É algo que o Credit Suisse também ressalta ao elencar suas sete varejistas abençoadas - e que as varejistas do mundo todo devem prestar atenção, sendo o apocalipse teoria ou realidade.

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