5 marcas de luxo que não vivem mais sem a China
Marcas famosas caem no gosto dos milionários chineses – e vendas crescem mais que em outros países
Daniela Barbosa
Publicado em 23 de abril de 2012 às 06h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h24.
São Paulo - A China sempre teve fama de ser uma das maiores falsificadoras de vários tipos de produtos, incluindo os de grandes marcas de luxo. Ironia do destino, ou não, muitas das grifes que já foram copiadas pelos chineses, hoje, atribuem boa parte de suas vendas e ganhos àquele mercado. O crescimento acelerado do país tem feito com que muitas marcas premium voltem sua atenção para lá. Grifes como Burberry, LVMH e Hermès têm apostado cada vez mais no mercado chinês para expandir sua atuação global. Recentemente, a revista americana Forbes publicou uma pesquisa apontando que a expansão dessas marcas por lá está diretamente relacionada, além da boa situação econômica do país, à dificuldade dos chineses criarem marcas premium próprias. A China conta atualmente com quase 1 milhão de milionários, o que também justifica a expansão dessas marcas por lá. Clique nas fotos e conheça cinco marcas de luxo que dependem muito da China nos dias atuais:
No primeiro trimestre do ano, as vendas globais da Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH) cresceram 14% na comparação com o mesmo período do ano passado e somaram 6,6 bilhões de euros. Na Ásia, no entanto, as vendas foram ainda maiores e aumentaram 17% - o maior crescimento registrado no período. As vendas da grife no mercado asiático são sustentadas pela operação que a LVMH possui na China. Hoje, a região é responsável por mais de 30% da receita global da companhia.
A Hermès ainda não divulgou seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre deste ano. No ano passado, enquanto as vendas globais da companhia cresceram menos de 20% na comparação com 2010, na Ásia as vendas aumentaram quase 30%. O crescimento está diretamente relacionado à operação da Hermès na China. Na região, só em 2011, a grife abriu seis novas lojas.
No ano passado, a Prada aumentou suas vendas em todas as regiões onde opera, mas um mercado em especial foi líder de crescimento: a China. Na Ásia, as vendas da grife somaram 873 milhões de euros, alta de 42,2% na comparação com o ano anterior. No mundo, as vendas da companhia somaram 2,2 bilhões de euro e cresceram 24%. Das 18 lojas abertas na Ásia e Pacífico pela Prada no ano passado, oito foram inauguradas na China.
O grupo PPR, dono da Gucci, somou vendas de mais de 12 bilhões de euros no ano passado, alta de 11% na comparação com 2010. O mercado asiático foi o que mais contribuiu para esse aumento. Responsável por 25% da receita somada pelo grupo em 2011, a dona da Gucci afirmou recentemente em relatório que o foco de expansão das marcas da companhia vai se concentrar na China.
O ano fiscal de 2012 da Burberry encerrou em 31 de março e, no último semestre desse período, que começou em outubro do ano passado, o faturamento da marca cresceu 18% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 1 bilhão de libras. Na Ásia, as vendas da companhia, no mesmo período, cresceram quase 40%. De acordo com a Burberry, a China é responsável por boa parte desse avanço. Na região, as vendas somaram cerca de 390 milhões de libras.
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