5 empresas com sérios problemas de gestão e que precisam ser vigiadas
Elas pagam salários elevados aos executivos, fecham negócios sem sentido e enfrentam falhas graves de liderança
Daniela Barbosa
Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 10h49.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h26.
De acordo com a GMI, a HP , na última década, tem optado por estratégias um tanto questionáveis. Em menos de dois anos, a companhia teve três diferentes CEOs. Tais mudanças abalaram a confiança dos acionistas da empresa, que começaram a ver fragilidades na liderança da companhia. Outro acontecimento que pesou contra a HP ocorreu em 2010, quando a companhia passou a ser investigada por suborno na Rússia E em 2010, os Estados Unidos se juntaram autoridades alemãs e russas em investigar se os executivos da HP pagaram milhões de dólares em subornos a autoridades russas para ganhar um contrato local.
A financeira americana Wells Fargo também compõe o ranking elaborado pela GMI. Segundo a pesquisa, os salários dos principais executivos da financeira recebem salários e bonificações questionáveis. Três CEOs recebem pelo menos 2 milhões de dólares de salário anualmente, além de o CEO, John Stumpf, estar entre os 10 executivos com maiores salários. Há também executivos dentro da Wells Fargo que mantêm empregos paralelos. A dívida é saber se eles estão mesmo engajados e têm tempo para se dedicar à financeira.
A Caterpillar também está na lista da GMI por pagar remunerações duvidosas aos seus executivos. Apesar da aposentadoria de James Owens, em 2010, o ex-CEO da companhia continua recebendo bonificações questionáveis. Outra preocupação é o fato da companhia não ter nenhum plano de sucessão. Alguns CEOs estão no cargo há mais de uma década. Além disso, a companhia possui baixa liquidez e despesas operacionais elevadas.
PPL Corporation, empresa americana do setor de energia, é outra companhia que remunera muito bem seus executivos, de acordo com a GMI. Não existe, de fato, um plano coerente de bonificação. Recentemente, Michael Strianese, CEO da companhia, recebeu uma premiação de 2,7 milhões de dólares, bem mais que o dobro estabelecido. Além disso, Strianese tem direito a mais de 24 milhões de dólares caso haja uma recisão de contrato antes do prazo estabelecido. A PPL também tem feito uma série de aquisições sem nenhum fundamento.
Transocean é uma empreiteira que atua no setor petroleiro e tem enfrentado uma série de ações judiciais sobre danos ambientais e segurança do trabalho. Há uma ação coletiva contra a empresa e o CEO, referente a violação das regulamentações da indústria do petróleo. Em 2010, o ex-CEO da companhia, Robert Long, recebeu uma compensação de 15 milhões de dólares, o montante é quatro vezes maior na comparação com os bônus pagos aos demais executivos.
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