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5 bancos brasileiros que deram dor de cabeça recentemente

O Banco Cruzeiro do Sul não foi o único a preocupar o Banco Central nos últimos tempos


	Banco PanAmericano: crise na instituição foi o início de uma série de problemas em bancos médios

Banco PanAmericano: crise na instituição foi o início de uma série de problemas em bancos médios

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 16h45.

São Paulo – A liquidação do Banco Cruzeiro do Sul, determinada nesta sexta-feira pelo Banco Central, não é o único caso recente de uma instituição financeira com problemas no Brasil. Veja quem chamou a atenção do Banco Central nos últimos tempos:

Banco Prosper

Nesta mesma sexta-feira, o Banco Prosper teve sua liquidação determinada pelo Banco Central. Sua extinção não deixa de ser um reflexo da falência do Banco Cruzeiro do Sul. O Prosper acumulava um prejuízo de 190 milhões de reais. Em dezembro do ano passado, o Cruzeiro do Sul anunciou a compra de 88,7% do banco por 55 milhões de reais.

Além de reforçar a atuação no mercado de bancos médios, a aquisição geraria créditos fiscais de 75 milhões de reais ao Cruzeiro do Sul. O Banco Central, porém, não aprovou a compra e decretou a liquidação do Prosper.

Banco Cruzeiro do Sul

Protagonista das suspeitas mais recentes de fraudes contábeis, o Cruzeiro do Sul foi alvo de uma fiscalização do Banco Central, que constatou indícios de irregularidades. Segundo o BC, haveria pelo menos 300.000 empréstimos fictícios nas contas do banco.

O rombo é estimado em 2,23 bilhões de reais. Sua intervenção foi decretada pelo Banco Central no início de junho. Administrado, desde então, pelo Fundo Garantidor de Crédito, o banco foi posto à venda. Sem interessados e com uma dívida de 1,6 bilhão de dólares vencendo nesta sexta-feira, o BC decidiu extingui-lo. A dívida não paga é o maior calote de uma empresa latino-americana desde 2002.

Banco Oboé

Com sede em Fortaleza (CE), o Banco Oboé teve sua intervenção decretada pelo Banco Central em setembro do ano passado. Na época, a instituição contava com uma carteira de crédito de cerca de 190 milhões de reais, com foco em empréstimos consignados para funcionários públicos.


Em fevereiro de 2012, o BC oficializou a liquidação do Oboé. Os interventores afirmaram que não havia solução para o banco, que se encontrava em uma situação de insolvência. O Oboé foi fundado em 1997 por José Newton Freitas, um ex-diretor do Bic Banco. Freitas teve seus bens bloqueados pela Justiça.

Banco Morada

Em abril do ano passado, o minúsculo Banco Morada, com apenas uma agência no Rio de Janeiro, sofreu a intervenção do Banco Central. O BC encontrou um nível elevado de exposição do banco, o que comprometia seu patrimônio líquido. O FGC assegurou a cobertura de 32% dos depósitos à vista da instituição, na época.

Em outubro de 2011, o BC decretou a liquidação do banco, isto é, seu fechamento. Os interventores afirmaram que não havia mais saídas para o Morada – e seus controladores não apresentaram um plano consistente de recuperação judicial. Esta foi a primeiro liquidação de uma instituição bancária, no Brasil, desde o Banco Santos.

Banco PanAmericano

Desde a falência do Banco Santos, no já longínquo ano de 2005, não se via um caso tão barulhento no setor. O rombo do PanAmericano, então controlado pelo empresário e apresentador Silvio Santos, veio à tona em novembro de 2010.

O buraco nas contas foi estimado, inicialmente, em 2,5 bilhões de reais. Descobriu-se, com as investigações do Banco Central, que era bem maior: 4,3 bilhões. O rombo foi causado, segundo o BC, por uma fraude contábil: o banco vendia carteiras de crédito, mas não dava baixa em seus ativos – o que inflava os resultados artificialmente.

Socorrido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o PanAmericano acabou vendido para o BTG Pactual, de André Esteves, no início do ano seguinte.

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