4 grandes momentos que mudaram a história da Coca-Cola
Marcos de Quinto resgata as principais decisões estratégicas já feitas pela marca, que acaba de lançar novo posicionamento mundial
paulabungar
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 12h10.
Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 17h24.
O vice-presidente executivo e líder global de marketing (CMO) da Coca-Cola Company, Marcos de Quinto, veio pela primeira vez ao Brasil, esta semana, para o lançamento no país da nova estratégia global da marca, em São Paulo. O executivo participou também do fórum A Revolução do Novo, realizado pelas revistas VEJA e EXAME, da Editora Abril, em parceria com a Coca-Cola Brasil. Em entrevista concedida ao Estúdio Abril Branded Content, De Quinto falou sobre a relevância do novo movimento da empresa e relembrou outros três grandes momentos em que a Coca-Cola adotou mudanças estratégicas que impactaram definitivamente – e positivamente – nos negócios da empresa no mundo.
A chegada da garrafa contour
Segundo o executivo, a primeira grande mudança na história da Coca-Cola ocorreu com a criação da garrafa contour, que se tornou um clássico da marca. A garrafinha de curvas acentuadas mexe com a memória afetiva das pessoas até hoje. A embalagem foi introduzida em 1916, como forma de diferenciar a bebida do produto dos concorrentes.
A chegada das franquias
Logo após a Segunda Guerra Mundial, a Coca-Cola revolucionou seu modelo de distribuição ao adotar o sistema de franquias, idealizado por Robert Woodruff. Durante a guerra, a companhia havia conseguido autorização do governo americano para instalar fábricas móveis de engarrafamento fora dos Estados Unidos para vender aos soldados. A experiência serviu de base para a formulação do novo modelo, que impulsionou a internacionalização da marca.
A chegada da Coca-Cola Diet
Já na década de 1980 – mais especificamente em 1982 –, o lançamento da Diet Coke representou uma “mudança transcendental”, de acordo com De Quinto, nos caminhos da empresa. Os tempos tinham mudado. Os consumidores de refrigerantes nos Estados Unidos, o principal mercado da Coca-Cola, estavam migrando para marcas de baixa caloria e os negócios da empresa sofriam com a inflação e o aumento de custos. A marca precisava de uma grande ideia para recuperar seu fôlego: Diet Coke.
A estratégia de marca única
Este corresponde ao momento atual da Coca-Cola. Segundo o VP de marketing da empresa, ao longo dos últimos anos, o tratamento independente dado às outras bebidas Coca-Cola, como a Coca-Cola Light e a Coca-Cola Zero, levaram o consumidor a se distanciar da marca tradicional. Com a nova estratégia, a empresa coloca de novo o foco em Coca-Cola como uma grande e única marca e facilita as escolhas do consumidor ao unificar a identidade visual das embalagens.
Todas as Coca-Colas ganharam o tradicional disco vermelho como elemento de ligação e uma denominação mais clara. “Queremos acelerar a ampliação do consumo de produtos com menos e zero açúcar”, afirma De Quinto. “Antes, tínhamos que gastar muito dinheiro em publicidade para explicar que o conteúdo da lata preta (ex-Coca-Cola Zero) era o mesmo que o da vermelha (Coca-Cola regular), só que com menos açúcar. Por que complicar?”, disse o executivo. “Agora, teremos uma única marca, com suas variantes.”
A previsão é elevar em 50% a distribuição das três bebidas (Coca-Cola original, Coca-Cola Zero Açúcar e Coca-Cola com Stevia e 50% menos açúcares) no Brasil até o fim de 2017.
A nova estratégia já foi implementada em 14 países. No México, o segundo maior mercado de Coca-Cola – e o primeiro a receber as mudanças, em maio de 2016 –, houve um crescimento de 9% na venda das versões com redução de açúcar. Na Inglaterra, esse aumento foi de 51%.
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