BlackRock: empresa administra cerca de 6,3 trilhões de dólares em ativos (Brendan McDermid/File Photo/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de julho de 2018 às 18h00.
Última atualização em 16 de julho de 2018 às 18h00.
Nova York - O presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, afirmou nesta segunda-feira que a maior gestora de recursos do mundo criou um grupo de trabalho para avaliar a tecnologia de blockchain e de criptomoedas como o bitcoin, mas alertou que não vê demanda maciça dos investidores.
"Somos um grande estudante de blockchain", disse Fink em entrevista à Reuters.
Qualquer decisão de investimento em criptomoedas ou para usar a tecnologia de blockchain pela BlackRock marcaria um grande ponto de virada para a companhia e seria um grande apoio institucional para a tecnologia de moedas digitais. A BlackRock administra cerca de 6,3 trilhões de dólares em ativos.
"A BlackRock explorar os ativos de criptomoedas não é surpresa e isso é um desdobramento definitivamente positivo para o mercado", disse Chris Yoo, gestor de portfólio na Black Square Capital Management, um fundo de hedge focado no mercado de criptomoedas.
"Como maior gestor de ativos do mundo, o interesse da BlackRock em criptomoedas pode ser um catalisador para um movimento de alta nos preços e encorajar outros gestores de ativos a explorar seriamente o mercado", acrescentou Yoo.
O bitcoin tinha alta de 5,01 por cento às 15h52 (horário de Brasília), negociado a 6.677 dólares na bolsa Bitstamp, o melhor desempenho da moeda em mais de duas semanas. A moeda, porém, está longe do pico atingido no final de 2017, quando seu valor chegou perto da casa de 20 mil dólares.
Em novembro passado, em entrevista à Reuters, Fink descreveu o bitcoin como investimento "especulativo" que estava crescendo por causa do sigilo oferecido aos compradores da moeda. Apesar de ter emitido um tom otimista sobre blockchain, a tecnologia usada para o registro das transações de moedas digitais como o bitcoin, Fink também citou a associação de criptomoedas com lavagem de dinheiro.
Alguns outros gestores de ativos se mostraram mais rápidos em apoiar moedas digitais. Por exemplo, a Fidelity Investments, uma grande competidora da BlackRock no mercado de gestão de fundos, tem feitos testes extensivos com a tecnologia.