10 casos de bloqueios de bens de empresários e executivos
Veja quem são os homens e mulheres de negócios que tiveram seus patrimônios sequestrados pela Justiça recentemente
Daniela Barbosa
Publicado em 11 de agosto de 2014 às 10h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h05.
São Paulo - A vida de um homem de negócio é cheia de atribulações e ter que saber lidar com o bloqueio de seus bens pode estar entre elas, dependendo do caso.
Muitos executivos e empresários já passaram ou estão passando por essa experiência recentemente no país. Veja, a seguir, alguns deles que já enfrentaram esse problema:
Na semana passada, a Justiça dos Estados Unidos decretou o bloqueio de dois apartamentos em Nova York em nome de duas offshores dos banqueiros Luís Octávio Índio da Costa e Luís Felippe Índio da Costa, ex-controladores do Banco Cruzeiro do Sul . Os empresários são alvos de investigação e processo no Brasil por suposta gestão fraudulenta. O sequestro dos bens foi executado pela Corte Judicial no Distrito de Columbia, na cidade americana.
O ex-bilionário Eike Batista teve 122 milhões de reais bloqueados em sua conta corrente. A medida foi adotada pelo Ministério Público Federal (MPF), que investiga o empresário por manipulação de preço e uso de informação privilegiada em venda de ações da antiga OGX. O empresário, no entanto, apelou da decisão da Justiça de bloquear seus bens.
Em agosto de 2013, a Justiça Federal de Goiás decretou o bloqueio dos bens da BBom, empresa de rastreador de veículos, e de seus sócios. A decisão incluiu o sequestro de 300 milhões de reais em contas bancárias do grupo e de 100 veículos.
No mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indiciou quatro executivos do Grupo Rede por operações que resultaram na insolvência do grupo. A Aneel determinou o bloqueio dos bens do ex-controlador Jorge Queiroz e dos ex-executivos Carmem Pereira, José Carlos Santos e Ariel Vilchez. A informação foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar On-line, da revista EXAME.
Também no mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um relatório que apontou prejuízos de mais de 790 milhões de dólares na Petrobras por conta da aquisição da refinaria Pasadena, no Texas. O documento citou que Sérgio Gabrielli e outros ex-diretores são responsáveis pelas perdas e, por isso, como medida, aprovou o bloqueio de bens pelo período de um ano de vários ex-executivos da estatal. Gabrielli pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda ordem do do TCU de bloqueio de seus bens.
A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, também teve seu nome envolvido no processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena. O nome da executiva, no entanto, foi retirado do processo que levaria ao bloqueio de seus bens.
Em dezembro do ano passado, a Justiça bloqueou contas bancárias e os automóveis de empresas e dos sócios do grupo Golin, dono da Boi Gordo. O grupo Golin comprou as Fazendas Reunidas Boi Gordo, em 2003. Um ano depois, a companhia decretou falência - uma das maiores do país, envolvendo 30.000 credores.
Em 2013, a Justiça do Rio Grande do Norte determinou o bloqueio de bens de mais de 30 empresas e 29 pessoas ligadas ao Grupo Líder, que pertence empresário Edvaldo Fagundes de Albuquerque. Os bens bloqueados correspondem a dívida fiscal de mais de 212 milhões de reais.