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Xi afirma que China estará 'seguramente reunificada' em discurso de Ano Novo

Presidente da China afirma que "ambas as costas do estreito de Taiwan deveriam estar unidos por um objetivo comum"

Pessoas jantam em um restaurante enquanto assistem ao discuso televisionado de Ano Novo do presidente chinês Xi Jinping em Pequim, em 31 de dezembro 2023 (Agence France-Presse/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 31 de dezembro de 2023 às 11h42.

A China "seguramente se reunificará", declarou neste domingo (31) o presidente Xi Jinping durante seu discurso de Ano Novo, informou a mídia estatal.

"Todos os chineses de ambas as costas do estreito de Taiwan deveriam estar unidos por um objetivo comum e compartilhar a glória do rejuvenescimento da nação chinesa", disse Xi, segundo o resumo do discurso difundido pela emissora oficial CCTV.

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Durante uma reunião em meados de novembro com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, Xi Jinping já tinha assinalado que a reunificação de Taiwan era "inevitável".

A China considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu unificar ao restante de seu território desde o fim da guerra civil em 1949.

Pequim, que não exclui a possibilidade de conquistar a ilha pela força, exerce forte pressão militar e econômica sobre Taiwan desde 2016, quando chegou ao poder Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (PDP) que, segundo Pequim, empenha-se em defender a independência.

Para Taipei, Pequim aumentou a pressão militar nos últimos meses em torno da ilha, antes das eleições presidenciais de janeiro.

Por outro lado, no plano econômico, Xi considerou que a economia chinesa é "mais resistente e mais dinâmica" do que era.

Economia

Sobrecarregada por uma gestão muito dispendiosa da crise da covid-19, a segunda maior economia mundial mal conseguiu se recuperar em 2023.

Mesmo assim, segundo Xi Jinping, a economia do gigante asiático conseguiu dominar a tormenta no ano que está por terminar.

Contudo, a taxa de desemprego entre os jovens, que bate recordes, a falta de confiança dos consumidores e a crise de endividamento persistente no setor imobiliário, que é crucial para o país, também minaram o crescimento.

Além disso, a atividade industrial continuou retrocedendo em dezembro, segundo dados oficiais publicados neste domingo.

E, apesar de alguns sinais alentadores, como o crescimento de 4,9% do PIB no terceiro trimestre (melhor que o previsto), Pequim poderá ter dificuldades em alcançar sua meta de crescimento anual de cerca de 5%, a mais modesta em anos.

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