Wuhan, epicentro da covid-19, recebe 1º voo internacional desde janeiro
A China reduziu drasticamente as conexões aéreas com o restante do mundo para limitar a chegada de viajantes que poderiam provocar um novo foco da epidemia
AFP
Publicado em 17 de setembro de 2020 às 11h32.
Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 12h02.
O primeiro voo internacional desde a explosão da crise de covid-19 em janeiro chegou nesta quinta-feira à cidade de chinesa de Wuhan, o ponto de origem da pandemia mundial.
A China reduziu drasticamente no fim de março as conexões aéreas com o restante do mundo para limitar a chegada de viajantes que poderiam provocar um novo foco da epidemia em seu território.
Desde então, o governo conseguiu conter a propagação do vírus com medidas de confinamento, quarentena, controle e acompanhamento de contágios, assim como o uso de máscaras. Os números oficiais registram poucos novos casos diários atualmente.
Um avião da companhia sul-coreana de baixo custo T'way pousou na quarta-feira no aeroporto internacional Tianhe de Wuhan, com 60 passageiros a bordo, indicou o canal público CCTV.
A emissora exibiu imagens de passageiros com máscaras, assim como policiais equipados com trajes de proteção integral, controlando passaportes.
Quase 3.900 pessoas morreram oficialmente de covid-19 em Wuhan, ou seja, mais de 80% das 4.634 vítimas fatais registradas pela China em seu território.
A cidade foi cenário de uma quarentena rígida por mais de dois meses a partir de 23 de janeiro. A população da cidade, de 11 milhões de habitantes, foi submetida a testes de contágio.
Os passageiros que chegam a Wuhan procedentes do exterior precisam apresentar um teste negativo de covid-19 de menos de 72 horas, informou Li Yizhuo, diretor da secretaria municipal de aviação civil.