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Protestos contra Wall Street provocam debate político nos EUA

Políticos da esfera republicana chamam o protesto contra a desigualdade econômica de "anticapitalismo"

"Isso é antiamericano", disse o pré-candidato republicano a presidente Herman Cain ao programa "Face the Nation" (Spencer Platt/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 10h12.

Los Angeles - Os crescentes protestos contra Wall Street e a desigualdade econômica nos EUA motivaram no domingo uma retórica acalorada entre os políticos, enquanto os organizadores planejam novas manifestações durante a semana.

"Isso é antiamericano", disse o pré-candidato republicano a presidente Herman Cain ao programa "Face the Nation", da CBS.

"Embora tenhamos nossos desafios, acredito que os protestos são mais anticapitalismo e antilivre mercado do que qualquer outra coisa." Cain, empresário que tem crescido nas pesquisas entre os republicanos, acrescentou: "Sabemos que os sindicatos e certas organizações relacionadas aos sindicatos estão por trás dos protestos que vêm ocorrendo em Wall Street e outras partes do país." "Isso é coordenado para criar distração e para que as pessoas não possam se focar nas fracassadas políticas deste governo", afirmou.

No mesmo programa, outro pré-candidato republicano, Newt Gingrich, disse: "Acho que o triste é que isso é o produto natural da guerra de classes do (presidente Barack) Obama." Já Nancy Pelosi, líder democrata na Câmara, disse ao "This Week", da ABC: "Apoio o recado ao 'establishment', seja a Wall Street ou ao 'establishment' político e ao resto, e que aconteça a mudança. Quando dissemos que todos deveriam pagar a sua parte, o outro lado (republicanos) disse que isso é uma guerra de classes. Não, não é, esse é o mais acalentado valor norte-americano, a justiça." O movimento Ocupe Wall Street, que começou no mês passado em Nova York com algumas pessoas, se espalhou por todo o país, com passeatas e acampamentos da Flórida ao Oregon, e de Los Angeles a Filadélfia.

Em Los Angeles, milhares de manifestantes ocuparam no fim de semana um gramado em frente à prefeitura, e até 600 pessoas lá pernoitaram, segundo os organizadores.

O ator Danny Glover, o comentarista de TV Keith Olbermann, o professor Cornel West e o apresentador Tavis Smiley passaram pelo local, segundo os organizadores.

Em Nashville, no Tennessee, os manifestantes iniciaram um acampamento na Praça do Legislativo, no centro da cidade, onde prometem permanecer até que haja mudanças na situação.

Em Washington, mais de cem manifestantes se reuniram no acampamento chamado Ocupe o DC, na praça McPherson, a cerca de dois quarteirões da Casa Branca. Sem incidentes, mas escoltados por sete carros da polícia, eles fizeram uma passeata até um parque próximo.

A manifestante Elena Zambrana, 45 anos, contou ter sido despejada da sua casa, Fairfax (Virgínia), por inadimplência hipotecária. "Para mim é tarde demais, já perdi minha casa, mas isso é para a futura geração. Antes eu não teria questionado as coisas (...). Espero que as pessoas vejam que isso não é uma espécie de movimento radical, é a classe média." Entre os protestos marcados para esta semana há manifestações durante a reunião da Associação dos Banqueiros de Hipotecas, em Chicago, e um Anti-Dia do Descobrimento da América, na quarta-feira, em Nova York.

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Los Angeles - Os crescentes protestos contra Wall Street e a desigualdade econômica nos EUA motivaram no domingo uma retórica acalorada entre os políticos, enquanto os organizadores planejam novas manifestações durante a semana.

"Isso é antiamericano", disse o pré-candidato republicano a presidente Herman Cain ao programa "Face the Nation", da CBS.

"Embora tenhamos nossos desafios, acredito que os protestos são mais anticapitalismo e antilivre mercado do que qualquer outra coisa." Cain, empresário que tem crescido nas pesquisas entre os republicanos, acrescentou: "Sabemos que os sindicatos e certas organizações relacionadas aos sindicatos estão por trás dos protestos que vêm ocorrendo em Wall Street e outras partes do país." "Isso é coordenado para criar distração e para que as pessoas não possam se focar nas fracassadas políticas deste governo", afirmou.

No mesmo programa, outro pré-candidato republicano, Newt Gingrich, disse: "Acho que o triste é que isso é o produto natural da guerra de classes do (presidente Barack) Obama." Já Nancy Pelosi, líder democrata na Câmara, disse ao "This Week", da ABC: "Apoio o recado ao 'establishment', seja a Wall Street ou ao 'establishment' político e ao resto, e que aconteça a mudança. Quando dissemos que todos deveriam pagar a sua parte, o outro lado (republicanos) disse que isso é uma guerra de classes. Não, não é, esse é o mais acalentado valor norte-americano, a justiça." O movimento Ocupe Wall Street, que começou no mês passado em Nova York com algumas pessoas, se espalhou por todo o país, com passeatas e acampamentos da Flórida ao Oregon, e de Los Angeles a Filadélfia.

Em Los Angeles, milhares de manifestantes ocuparam no fim de semana um gramado em frente à prefeitura, e até 600 pessoas lá pernoitaram, segundo os organizadores.

O ator Danny Glover, o comentarista de TV Keith Olbermann, o professor Cornel West e o apresentador Tavis Smiley passaram pelo local, segundo os organizadores.

Em Nashville, no Tennessee, os manifestantes iniciaram um acampamento na Praça do Legislativo, no centro da cidade, onde prometem permanecer até que haja mudanças na situação.

Em Washington, mais de cem manifestantes se reuniram no acampamento chamado Ocupe o DC, na praça McPherson, a cerca de dois quarteirões da Casa Branca. Sem incidentes, mas escoltados por sete carros da polícia, eles fizeram uma passeata até um parque próximo.

A manifestante Elena Zambrana, 45 anos, contou ter sido despejada da sua casa, Fairfax (Virgínia), por inadimplência hipotecária. "Para mim é tarde demais, já perdi minha casa, mas isso é para a futura geração. Antes eu não teria questionado as coisas (...). Espero que as pessoas vejam que isso não é uma espécie de movimento radical, é a classe média." Entre os protestos marcados para esta semana há manifestações durante a reunião da Associação dos Banqueiros de Hipotecas, em Chicago, e um Anti-Dia do Descobrimento da América, na quarta-feira, em Nova York.

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