Vulcão Calbuco segue expelindo cinzas no sul do Chile
Na madrugada deste sábado, expeliu material incandescente a partir de sua cratera, segundo relatos de jornalistas da AFP
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2015 às 13h44.
O vulcão Calbuco, que entrou em violenta erupção depois de mais de meio século inativo no sul do Chile, continua instável e expelindo cinzas neste sábado após duas potentes erupções na quarta e quinta-feira, em uma atividade que pode se estender por um longo tempo.
O vulcão mantém uma emanação de cinzas constante. Na madrugada deste sábado, expeliu material incandescente a partir de sua cratera, segundo relatos de jornalistas da AFP no local.
"O vulcão está instável e as erupções devem continuar, principalmente de cinzas", indica o último relatório do Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin).
Das quase 6.000 pessoas que habitam os arredores do maciço e que foram evacuadas, uma dezena precisou passar outra noite em abrigos. A maioria dos evacuados estão alojados nas casas de amigos e familiares.
"Continuo assustada e penso em deixar a área, mas a longo prazo voltaria para minha terra", declarou à AFP Carolina Bayern, abrigada em um colégio de Puerto Varas.
"Eu não tenho medo do vulcão, tenho respeito, o medo já passou. Minha casa foi destruída e sinto um grande pesar", relatou, por sua vez, Raúl Rangel, alojado no mesmo abrigo.
Cinzas seguem se dispersando
A nuvem de cinzas segue se dispersando para o leste, cobrindo as cidades argentinas na região patagônica da província de Neuquén e chegando até a capital, Buenos Aires, a 2.000 quilômetros de distância, onde algumas companhias aéreas cancelaram seus voos de e para os Estados Unidos e Europa.
Em Santiago, os voos domésticos estão operando normalmente, apesar de algumas companhias aéreas internacionais terem cancelado a chegada de suas aeronaves da Europa e dos Estados Unidos.
Em Montevidéu, três voos foram cancelados no aeroporto internacional de Carrasco, enquanto as autoridades convidaram a população a se proteger com máscaras em razão das cinzas que emanam do vulcão.
"Campos inutilizados por longo tempo"
O sempre verde sul do Chile deu lugar ao escuro das cinzas, que cobriam vastos setores agrícolas e pecuários.
"A situação de maior emergência está no raio de 20 quilômetros (de exclusão da cratera do maciço), onde os vizinhos deixaram seus campos, deixaram todos os seus bens, incluindo os seus animais", declarou o ministro da Agricultura, Carlos Furche, à Radio Cooperativa.
"Há campos que ficarão inutilizáveis por um longo tempo", acrescentou o ministro.
O último relatório oficial estimou em cerca de 300 o número de agricultores afetados na área, além de 4.000 ovinos e bovinos e 350 animais de pequeno porte que ficaram presos após a evacuação ordenada pelas autoridades após a primeira e surpreendente erupção do Calbuco.
O governo anunciou que analisa a possibilidade de fornecer um bônus de emergência para os agricultores afetados.
A área atingida, localizada na região de Los Lagos, nas turísticas cidades de Puerto Montt e Puero Varas, 1.300 km ao sul de Santiago, permanece em alerta vermelho, com uma forte presença das Forças Armadas e a suspensão das atividades escolares.
O vulcão Calbuco, que entrou em violenta erupção depois de mais de meio século inativo no sul do Chile, continua instável e expelindo cinzas neste sábado após duas potentes erupções na quarta e quinta-feira, em uma atividade que pode se estender por um longo tempo.
O vulcão mantém uma emanação de cinzas constante. Na madrugada deste sábado, expeliu material incandescente a partir de sua cratera, segundo relatos de jornalistas da AFP no local.
"O vulcão está instável e as erupções devem continuar, principalmente de cinzas", indica o último relatório do Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin).
Das quase 6.000 pessoas que habitam os arredores do maciço e que foram evacuadas, uma dezena precisou passar outra noite em abrigos. A maioria dos evacuados estão alojados nas casas de amigos e familiares.
"Continuo assustada e penso em deixar a área, mas a longo prazo voltaria para minha terra", declarou à AFP Carolina Bayern, abrigada em um colégio de Puerto Varas.
"Eu não tenho medo do vulcão, tenho respeito, o medo já passou. Minha casa foi destruída e sinto um grande pesar", relatou, por sua vez, Raúl Rangel, alojado no mesmo abrigo.
Cinzas seguem se dispersando
A nuvem de cinzas segue se dispersando para o leste, cobrindo as cidades argentinas na região patagônica da província de Neuquén e chegando até a capital, Buenos Aires, a 2.000 quilômetros de distância, onde algumas companhias aéreas cancelaram seus voos de e para os Estados Unidos e Europa.
Em Santiago, os voos domésticos estão operando normalmente, apesar de algumas companhias aéreas internacionais terem cancelado a chegada de suas aeronaves da Europa e dos Estados Unidos.
Em Montevidéu, três voos foram cancelados no aeroporto internacional de Carrasco, enquanto as autoridades convidaram a população a se proteger com máscaras em razão das cinzas que emanam do vulcão.
"Campos inutilizados por longo tempo"
O sempre verde sul do Chile deu lugar ao escuro das cinzas, que cobriam vastos setores agrícolas e pecuários.
"A situação de maior emergência está no raio de 20 quilômetros (de exclusão da cratera do maciço), onde os vizinhos deixaram seus campos, deixaram todos os seus bens, incluindo os seus animais", declarou o ministro da Agricultura, Carlos Furche, à Radio Cooperativa.
"Há campos que ficarão inutilizáveis por um longo tempo", acrescentou o ministro.
O último relatório oficial estimou em cerca de 300 o número de agricultores afetados na área, além de 4.000 ovinos e bovinos e 350 animais de pequeno porte que ficaram presos após a evacuação ordenada pelas autoridades após a primeira e surpreendente erupção do Calbuco.
O governo anunciou que analisa a possibilidade de fornecer um bônus de emergência para os agricultores afetados.
A área atingida, localizada na região de Los Lagos, nas turísticas cidades de Puerto Montt e Puero Varas, 1.300 km ao sul de Santiago, permanece em alerta vermelho, com uma forte presença das Forças Armadas e a suspensão das atividades escolares.