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Viúva de Navalny vai se reunir com chanceleres da União Europeia nesta segunda, 19

Encontro será em Bruxelas, anunciou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell; Alexei Navalny, opositor de Putin, morreu na última sexta-feira numa prisão no Ártico

Oposição: Alexei Navalny morreu na última sexta-feira, 16, em uma prisão no Ártico (Arce/NurPhoto/Getty Images)

Oposição: Alexei Navalny morreu na última sexta-feira, 16, em uma prisão no Ártico (Arce/NurPhoto/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 18 de fevereiro de 2024 às 18h47.

Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny – o opositor do presidente russo, Vladimir Putin, que morreu na última sexta-feira, 16, em uma prisão no Ártico –, vai se encontrar nesta segunda-feira em Bruxelas, capital da Bélgica, com chanceleres da União Europeia, anunciou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.

"Na segunda-feira, vou receber Yulia Navalnaya no Conselho de Relações Exteriores da UE", disse Borrell, neste domingo, em publicação no X (antigo Twitter). "Os ministros da UE enviarão uma mensagem forte de apoio aos lutadores pela liberdade na Rússia e homenagearão a memória (de Navalny)", escreveu.

Navalnaya, que não via o marido há dois anos, culpou o presidente russo, Vladimir Putin, de ser "pessoalmente responsável" pela morte de seu marido e pediu à comunidade internacional que se unisse para derrubar seu "regime aterrorizante".

Navalny era o opositor mais proeminente do Kremlin e se tornou muito popular por suas denúncias de supostos casos de corrupção sob o governo de Putin.

Em 2020, Navalnaya conseguiu fazer com que seu marido, que estava em coma na Sibéria devido a um envenenamento, pudesse sair da Rússia. Também esteve ao lado dele quando ele retornou da Alemanha, antes de ser preso.

O ativista, condenado por "extremismo", cumpria uma pena de 19 anos em uma remota prisão no Ártico após julgamentos que, segundo múltiplas vozes, obedeciam a motivações políticas. Até o momento, Putin não se pronunciou publicamente sobre a morte de Navalny.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou na sexta-feira os líderes ocidentais de terem reações "absolutamente inaceitáveis" e "histéricas" ao falecimento.

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