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Viúva de Arafat apresentará ação judicial por assassinato

Decisão de Suha Arafat é tomada depois de ter sido encontrada uma quantidade anormal de polônio nos objetos pessoais do ex-líder palestino

Suha e a filha Zawra Arafat: viúva do ex-líder palestino apresentará nesta terça-feira uma ação judicial por assassinato contra pessoa desconhecida (Matthew Mirabelli/AFP)

Suha e a filha Zawra Arafat: viúva do ex-líder palestino apresentará nesta terça-feira uma ação judicial por assassinato contra pessoa desconhecida (Matthew Mirabelli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 08h30.

Paris - A viúva de Yasser Arafat, Suha Arafat, apresentará nesta terça-feira uma ação judicial por assassinato contra pessoa desconhecida, depois de ter sido encontrada uma quantidade anormal de polônio nos objetos pessoais do ex-líder palestino, o que reavivou as hipóteses de envenenamento, segundo um comunicado.

Esta demanda com constituição de parte civil será apresentada durante o dia, em nome de Suha Arafat e de sua filha mais nova, Zawra, a Philippe Courroye, decano dos juízes do Tribunal de grande instância de Nanterre, perto de Paris.

"Esta demanda por assassinato contra pessoa desconhecida - de tal forma que Suha e Zawra Arafat não acusam ninguém: nem Estado, nem grupo, nem indivíudo - não prescreveu porque é feita menos de 10 anos depois de ocorridos os fatos e porque tem por objetivo estabelecer a verdade em memória de seu marido e pai", indica o comunicado do advogado Pierre-Olivier Sur.

"Suha e Zawra Arafat confiam plenamente na justiça francesa e, para permitir que realizem seu trabalho de forma completamente independente, não fornecerão nenhuma entrevista durante o andamento da investigação criminal, exceto se alguém tentar instrumentalizar politicamente esta situação", indica o comunicado.

Arafat morreu no dia 11 de novembro de 2004 no hospital militar de Percy, perto de Paris.

A tese de envenenamento foi reavivada na semana passada pela divulgação de um documentário na rede de televisão Al-Jazeera que afirma que o Institute for Radiation Physics de Lausanne (Suíça), que analisou amostras biológicas extraídas dos objetos pessoais de Arafat, encontrou nelas "uma quantidade anormal de polônio".

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