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Vítima das Farc diz que chefe guerrilheiro lhe pediu perdão

Para a colombiana Konstanz Turbay, a experiência de ver-se hoje tête-à-tête com os responsáveis por sua dor esteve carregada de emotividade


	Farc: as conversas de paz contaram com uma variada representação das vítimas do conflito colombiano
 (Luis Robayo/AFP)

Farc: as conversas de paz contaram com uma variada representação das vítimas do conflito colombiano (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2014 às 23h12.

Havana - A colombiana Konstanz Turbay, que perdeu toda sua família pelas ações das Farc, afirmou que o número dois da guerrilha, 'Ivan Márquez' (conhecido como Luciano Marín Arango), se aproximou dela neste sábado 'com sentimentos de sinceridade' e lhe pediu perdão de coração.

'Não foi um perdão mecânico, foi um perdão de coração', foi o comovente testemunho de Turbay à imprensa.

Segundo contou, Márquez, chefe negociador das Farc, lhe disse que o que aconteceu com sua família foi um 'equívoco' e lhe prometeu que tentaria esclarecer a verdade do ocorrido.

Na família de Turbay havia reconhecidos políticos do departamento de Caquetá, como seu irmão Rodrigo, membro do Legislativo, que morreu sequestrado em 1997.

Três anos depois, em 2000, seu outro irmão Diego, presidente da comissão de paz da Câmara local, foi assassinado junto com sua mãe e outras cinco pessoas.

Para ela, a experiência de ver-se hoje tête-à-tête com os responsáveis por sua dor esteve 'carregada de emotividade, sentimentos e lembranças'.

'Acho que foi o encontro mais importante e transcendental de toda a minha vida', explicou.

A integrante do primeiro grupo de vítimas que participou dos diálogos de paz de Havana assinalou que é 'muito grato' que através do diálogo possam ser encontrados 'caminhos de clareza e reconciliação'.

As conversas de paz contaram com uma variada representação das vítimas do conflito colombiano, não só das Farc, mas também do Exército e de agentes do Estado, assim como dos paramilitares e de outros grupos armados. 

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