Vídeo inédito mostra os instantes após a queda do MH17
Imagens foram obtidas pelo jornal australiano The Daily Telegraph e teriam sido feitas pelos próprios rebeldes no local da queda do MH17 na Ucrânia
Gabriela Ruic
Publicado em 17 de julho de 2015 às 11h40.
São Paulo – Um ano depois da tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines que deixou 298 mortos, veio à tona um novo vídeo que mostra supostos rebeldes pró-Rússia vasculhando o local onde os destroços da aeronave foram encontrados momentos depois da queda. As imagens foram obtidas pelo jornal australiano The Daily Telegraph ( veja aqui ) e geraram comoção no país.
O Boeing 777 da empresa malaia deixou o aeroporto de Amsterdã ( Holanda ) no dia 17 de julho de 2014 e seguia para Kuala Lumpur ( Malásia ) quando caiu na região de Donetsk ( Ucrânia ), palco de violentos conflitos entre separatistas pró-Rússia e tropas ucranianas. A bordo estavam cidadãos de diferentes países, como Austrália, Malásia e Holanda.
As causas reais do acidente não foram oficialmente identificadas, mas há uma desconfiança geral de que o avião teria sido abatido por um míssil lançado do território controlado pelos separatistas. Desde então, a Ucrânia, apoiada por vários outros países, troca acusações com os rebeldes e também com a Rússia sobre quem seria o responsável pela tragédia.
Vídeo
A versão original do vídeo obtido pelo jornal tem 17 minutos de duração, mas foi editada pela equipe que divulgou cerca de quatro minutos das filmagens e camuflou os trechos que exibem restos mortais dos civis.
Confuso e assustador, o vídeo não permite entender com clareza quem diz o que. Em determinado momento, por exemplo, é possível perceber que um dos supostos rebeldes descobre que a aeronave era da Malásia. Em seguida, outra voz questiona quem deu permissão para que o avião sobrevoasse aquela área.
O vídeo é então cortado para um trecho no qual um dos homens, que veste roupas camufladas tais quais as vestimentas militares, abre uma mochila enquanto outros gritam ao fundo “civis, civis”. Fumaça, destroços, corpos, roupas, pertences das vítimas e até animais que eram transportados pelo Boeing são vistos por todo o lado.
Embora seja inédito, este não é o único vídeo sobre a tragédia que se tornou público. No mesmo dia da queda, moradores que vivem na região registraram a cena do acidente a distância. Momentos depois do anúncio da tragédia, dezenas de vídeos amadores foram publicados nas redes sociais.
Repercussão
Em entrevista à afiliada da CNN na Austrália, a ministra das Relações Exteriores da Austrália Julie Bishop, descreveu o vídeo como “nojento”. “Não podemos verificar a autenticidade destas imagens”, disse ela, “mas é certamente consistente com tudo o que sabemos”.
Para Tony Abbott, primeiro ministro do país, “o vídeo destaca o fato de que foi uma atrocidade e que de forma alguma foi um acidente. Eles até poderiam não saber que estavam abatendo um avião civil, mas eles deliberadamente atiraram contra o que sabiam ser uma grande aeronave”.
São Paulo – Um ano depois da tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines que deixou 298 mortos, veio à tona um novo vídeo que mostra supostos rebeldes pró-Rússia vasculhando o local onde os destroços da aeronave foram encontrados momentos depois da queda. As imagens foram obtidas pelo jornal australiano The Daily Telegraph ( veja aqui ) e geraram comoção no país.
O Boeing 777 da empresa malaia deixou o aeroporto de Amsterdã ( Holanda ) no dia 17 de julho de 2014 e seguia para Kuala Lumpur ( Malásia ) quando caiu na região de Donetsk ( Ucrânia ), palco de violentos conflitos entre separatistas pró-Rússia e tropas ucranianas. A bordo estavam cidadãos de diferentes países, como Austrália, Malásia e Holanda.
As causas reais do acidente não foram oficialmente identificadas, mas há uma desconfiança geral de que o avião teria sido abatido por um míssil lançado do território controlado pelos separatistas. Desde então, a Ucrânia, apoiada por vários outros países, troca acusações com os rebeldes e também com a Rússia sobre quem seria o responsável pela tragédia.
Vídeo
A versão original do vídeo obtido pelo jornal tem 17 minutos de duração, mas foi editada pela equipe que divulgou cerca de quatro minutos das filmagens e camuflou os trechos que exibem restos mortais dos civis.
Confuso e assustador, o vídeo não permite entender com clareza quem diz o que. Em determinado momento, por exemplo, é possível perceber que um dos supostos rebeldes descobre que a aeronave era da Malásia. Em seguida, outra voz questiona quem deu permissão para que o avião sobrevoasse aquela área.
O vídeo é então cortado para um trecho no qual um dos homens, que veste roupas camufladas tais quais as vestimentas militares, abre uma mochila enquanto outros gritam ao fundo “civis, civis”. Fumaça, destroços, corpos, roupas, pertences das vítimas e até animais que eram transportados pelo Boeing são vistos por todo o lado.
Embora seja inédito, este não é o único vídeo sobre a tragédia que se tornou público. No mesmo dia da queda, moradores que vivem na região registraram a cena do acidente a distância. Momentos depois do anúncio da tragédia, dezenas de vídeos amadores foram publicados nas redes sociais.
Repercussão
Em entrevista à afiliada da CNN na Austrália, a ministra das Relações Exteriores da Austrália Julie Bishop, descreveu o vídeo como “nojento”. “Não podemos verificar a autenticidade destas imagens”, disse ela, “mas é certamente consistente com tudo o que sabemos”.
Para Tony Abbott, primeiro ministro do país, “o vídeo destaca o fato de que foi uma atrocidade e que de forma alguma foi um acidente. Eles até poderiam não saber que estavam abatendo um avião civil, mas eles deliberadamente atiraram contra o que sabiam ser uma grande aeronave”.