Mundo

Vice-primeiro-ministro do governo egípcio renuncia

Vice-primeiro-ministro do Egito e titular da pasta de Cooperação Internacional, Ziad Bahaa-Eldin, apresentou sua renúncia ao chefe do governo


	Manifestantes no Egito: Bahaa-Eldin faz parte da facção mais moderada, conhecida como "pombas", dentro do novo "establishment" egípcio
 (Zoubeir Souissi /Reuters)

Manifestantes no Egito: Bahaa-Eldin faz parte da facção mais moderada, conhecida como "pombas", dentro do novo "establishment" egípcio (Zoubeir Souissi /Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 13h43.

Cairo - O vice-primeiro-ministro do Egito e titular da pasta de Cooperação Internacional, Ziad Bahaa-Eldin, anunciou nesta segunda-feira que apresentou sua renúncia ao chefe do governo do seu país, Hazem al Beblawi.

Em carta a Beblaui divulgada hoje através de sua página oficial no Facebook, o vice-primeiro-ministro considera que seu papel no próximo período da transição "será mais coerente e eficaz na ação política de partido e na ação jurídica".

O anúncio da renúncia do político social-democrata coincide com o sinal verde que o Exército deu ao chefe das Forças Armadas, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, para concorrer como candidato às próximas eleições presidenciais, que acontecerão nos próximos meses.

No entanto, em seu escrito de renúncia, datado de 23 de janeiro, Bahaa-Eldin não vincula sua renúncia a qualquer circunstância concreta.

"Como começamos um novo período no qual o país se prepara para eleições consecutivas e para completar o roteiro, peço que aceite minha renúncia do cargo de vice-primeiro-ministro e ministro de Cooperação Internacional", escreve Bahaa-Eldin.

"Vejo, portanto, que meu papel no próximo período será mais coerente e eficaz na ação política de partido e na ação jurídica", insiste ele, que é advogado de profissão.

O porta-voz do governo egípcio, Hani Salah, informou à agência oficial "Mena" que Bahaa-Eldin "reiterou hoje sua renúncia", e acrescentou que o primeiro-ministro ainda não se pronunciou sobre o fato.

Bahaa-Eldin faz parte da facção mais moderada, conhecida como "pombas", dentro do novo "establishment" egípcio, surgido após a derrocada militar do presidente islamita Mohamed Mursi em julho do ano passado.

Seu nome soou forte como candidato à chefia de governo após o golpe, embora tenha sido vetado em última instância pelo partido salafista Al Nour.

O Egito realizará as eleições presidenciais e, posteriormente, parlamentares nos próximos seis meses como parte do roteiro traçado pelo Exército após tirar Mursi do poder.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoMohamed MursiPolíticaPolíticos

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA