Londres - O vice-presidente do Parlamento britânico, Nigel Evans, detido ontem sob a acusação de estupro e agressão sexual contra dois homens, qualificou neste domingo essas acusações como 'completamente falsas' e também demonstrou não 'acreditar' na veracidade das denúncias.

Em declarações à imprensa, o político conservador leu um breve comunicado no qual revelou que os denunciantes são duas pessoas conhecidas por ele e que 'até ontem eram considerados amigos'.

'Não entendo por que apresentaram essas denúncias', afirmou Evans, que ontem foi interrogado pela Polícia e, posteriormente, foi posto em liberdade após ter pago fiança.

O deputado assinalou que uma das acusações se refere a uma ação ocorrida há quatro anos e indicou que viu um dos de denunciantes na última semana em um encontro social.

'Tenho uma sensação de incredulidade perante estes eventos', afirmou o vice-presidente do Parlamento britânico.

Evans, de 55 anos, foi detido no sábado sob suspeita de ter estuprado um homem e de ter agredido sexualmente outro entre julho de 2009 e março de 2013 na cidade de Pendleton, no condado inglês de Lancashire.

A Polícia do condado confirmou ontem à noite que 'um homem de 55 anos de Pendleton foi detido sob suspeita de estupro e agressão sexual e posto em liberdade após o pagamento de fiança'.

O suspeito foi interrogado durante várias horas para esclarecer as acusações, supostamente cometidas contra homens de aproximadamente 20 anos.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, também do Partido Conservador, também foi informado sobre a detenção, que causou grande comoção entre a classe política.

Evans, de origem galesa, é deputado pela circunscrição de Lancashire desde 1992 e, desde junho de 2010, era um dos três vice-presidentes da câmara dos Comuns.

Após sua nomeação nesse ano, Evans confessou a um jornal dominical que era homossexual e disse que estava 'cansado de viver na mentira'.

Embora o posto de vice-presidente parlamentar (deputy speaker) não tenha muito exposição pública, Evans é muito conhecido e respeitado por seus colegas parlamentares. EFE