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Viagem do papa a Cuba aproxima país dos EUA

Francisco rezou na segunda-feira pela reconciliação entre todos os cubanos, tanto os que vivem no país como os espalhados pelo mundo

Papa Francisco: há grande expectativa quanto ao que Francisco dirá nos Estados Unidos (REUTERS/Giampiero Sposito)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 11h05.

Santiago de Cuba - O papa Francisco conclui uma visita a Cuba nesta terça-feira e se encaminha para os Estados Unidos, fazendo assim uma ligação entre os dois adversários de longa data que iniciaram uma abertura nas relações bilaterais com mediação do pontífice.

O papa argentino, de 78 anos, vai celebrar uma missa no santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, o mais sagrado do país e também venerado por não católicos e praticantes de religiões afro-cubanas com diferentes graus de aproximação com o catolicismo.

No santuário, no povoado de El Cobre, Francisco rezou na segunda-feira pela reconciliação entre todos os cubanos, tanto os que vivem no país como os espalhados pelo mundo.

Estima-se que 2 milhões de cubanos tenham deixado a ilha desde a Revolução Cubana, em 1959, e cerca de 1,3 milhão vivam atualmente no exterior, a maioria nos Estados Unidos, onde muitos exilados continuam mantendo uma relação ressentida com a terra natal.

Há grande expectativa quanto ao que Francisco dirá nos Estados Unidos, onde se reunirá com o presidente Barack Obama e fará o primeiro pronunciamento de um papa perante o Congresso, além de falar também na Organização das Nações Unidas (ONU).

O papa evitou fazer em Cuba declarações políticas ostensivas, que os dissidentes esperavam que ele fizesse, mas usou suas homilias para enviar mensagens ligadas à espiritualidade e sobre a necessidade de mudanças no país comunista, de partido único.

O pontífice pediu aos cubanos que pensem com maior abertura e sejam tolerantes às ideias de outras pessoas. Em uma missa na segunda-feira para dezenas de milhares de pessoas na cidade de Holguín, no leste da ilha, ele exortou seus ouvintes "a não se satisfazerem com a aparência ou com o que for politicamente correto”.

A abordagem mais suave, um contraste com a adotada por seus dois antecessores imediatos quando visitaram Cuba, parece impulsionada por um desejo de incentivar calmamente os cubanos em um momento delicado após a retomada das relações diplomáticas com os Estados Unidos. Enquanto isso, a Igreja cubana está discretamente negociando mais espaço para a sua missão religiosa.

"Ele falou com clareza, discrição e moderação", disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, aos jornalistas, quando perguntado por que o papa não tinha tratado diretamente de questões como o histórico de Cuba em direitos humanos e o embargo comercial dos EUA, ao qual o Vaticano se opõe.

"O papa quer fazer uma contribuição, mas a responsabilidade recai sobre os líderes das nações. Ele não quer exagerar o seu papel, só quer contribuir, fazendo sugestões, promovendo o diálogo, a justiça e o bem comum das pessoas", disse o porta-voz.

São Paulo - O que o líder de uma equipe pode aprender com o papa Francisco? Para o especialista em gestão norte-americano Gary Hamel, muitas coisas. A partir de um recente discurso do pontífice sobre as mazelas do Vaticano, o autor elaborou uma lista das 15 doenças que podem acometer um executivo. Segundo o artigo publicado na Harvard Business Review, gestores são tão sensíveis a patologias quanto qualquer ser humano. Mas, quando elas não são tratadas, o trabalho de toda uma equipe pode desmoronar. Veja a seguir as "doenças" listadas pelo papa e como elas comprometem a saúde da liderança.

  • 2. Pensar que somos imortais, imunes ou indispensáveis

    2 /17(thinkstock)

  • Veja também

    O líder que não tem auto-crítica e se julga acima daqueles que trabalham para ele sofre da "patologia do poder". De acordo com Hamel, a pessoa é tomada por um complexo de superioridade e deixa de se importar com os mais fracos.
  • 3. Trabalho em excesso

    3 /17(Tim Pannell/Fuse/Thinkstock)

  • Pessoas que mergulham no trabalho sem reservar tempo para descanso acabam se estressando e perdendo a concentração. Para o especialista, a ocupação excessiva mostra desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Um tempo de descanso é necessário e permite recarregar as baterias.
  • 4. "Petrificação"

    4 /17(thinkstock)

    Líderes que tem um "coração de pedra" tendem a perder serenidade, agilidade e ousadia, defende Hamel. Substituir a sensibilidade humana por pura formalidade também é perigoso quando se lida com um grupo. Como afirmou o papa, um líder precisa de desprendimento e generosidade.
  • 5. Planejamento sem limite

    5 /17(Stock.Xchange)

    Quando um gestor planeja tudo até o último detalhe por medo do imprevisível, o processo criativo perde a espontaneidade. Organização é importante, desde que haja espaço para a intuição e o improviso, diz Hamel.
  • 6. Falta de coordenação

    6 /17(Robson Talaveiras/ stock.xchng)

    Se um líder perde o senso de comunidade e o objetivo de integrar seu grupo, o sistema todo perde seu equilíbrio. Segundo o especialista, o grupo que não é regido com "camaradagem" e trabalho em equipe vira "uma orquestra que produz ruído", comprometendo resultados.
  • 7. "Alzheimer" da liderança

    7 /17(thinkstock)

    Acontece quando um líder se esquece da gratidão que deve àqueles que sempre o apoiaram ou trouxeram inspiração. Tal reconhecimento não deve perder lugar para "caprichos" e "obsessões", considera Hamel.
  • 8. Rivalidade

    8 /17(thinkstock)

    Segundo o especialista, o título de líder não serve para contar vantagem sobre os outros. O dever fundamental do líder seria justamente o oposto: atentar-se para os interesses e anseios de sua equipe.
  • 9. "Esquizofrenia existencial"

    9 /17(thinkstock)

    É a doença de quem vive uma vida dupla e marcada pela hipocrisia. Segundo Hamel, acontece quando o gestor se isola de clientes e funcionários e se dedica apenas a questões burocráticas, perdendo contato com a realidade.
  • 10. Fofoca

    10 /17(Stock Exchange)

    O artigo descreve a fofoca como uma "grave doença" que começa às vezes em uma conversa simples, mas pode sujar o nome de um colega e contaminar a harmonia que existe numa equipe.
  • 11. "Puxa saquismo"

    11 /17(Divulgação)

    É a patologia que atinge aqueles que cortejam seus superiores com o interesse de ganhar uma promoção. Para isso, ressalta Hamel, deixam de lado os objetivos da equipe como um todo. Líderes são afetados por esta doença quando incentivam e tiram proveito da cumplicidade de seus subordinados.
  • 12. Indiferença

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    Acontece quando o profissional mais experiente não compartilha seu conhecimento com aqueles que estão começando. Por "ciúmes ou engano", a pessoa guarda para si o aprendizado que poderia ser útil para o desenvolvimento da equipe.
  • 13. Excesso de severidade

    13 /17(Thinkstock)

    Ocorre com o gestor que acredita que, para ser sério e respeitado, é preciso ser austero. Na verdade, ressalta Hamel, o excesso de severidade é um sintoma de medo e insegurança. Sempre que possível, o líder deve se esforçar para ser cortês, bem humorado e transmitir entusiasmo.
  • 14. Acumulação compulsiva

    14 /17(Freeimages.com)

    É o caso de quando o líder tenta acumular bens materiais, não por necessidade, mas para se sentir seguro. Segundo palavras do papa destacadas por Hamel, nenhuma riqueza pode preencher o “vazio de um coração”.
  • 15. Círculos fechados

    15 /17(thinkstock)

    Acontece quando a vontade de pertencer a um grupo "seleto" da liderança se torna maior do que a identidade de uma equipe. Também começa com boas intenções, mas pode acabar fragmentando uma organização.
  • 16. Extravagância

    16 /17(Divulgação)

    Ocorre com pessoas que tentam acumular poder a qualquer custo e fazem de tudo para mostrar que são mais capazes que os outros. Tal comportamento é danoso, argumenta Hamel, porque leva as pessoas a justificar o uso de quaisquer meios para atingir seu objetivo.
  • 17. Leia agora sobre as profissões mais felizes nos Estados Unidos

    17 /17(Getty Images)

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