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Venezuela protesta contra palavras de Gilmar Mendes sobre Chávez

Mendes disse em uma entrevista que 'o Brasil não é a Venezuela, onde Chávez prende juiz'

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante um evento com simpatizantes na quinta-feira em Caracas. (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 23h43.

Brasília - O embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Arveláiz, protestou nesta quarta-feira contra as alusões feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez .

Mendes, que troca farpas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após acusá-lo de ter-lhe sugerido adiar o julgamento do Mensalão, disse em uma entrevista ao jornal 'O Globo' que 'o Brasil não é a Venezuela, onde Chávez prende juiz'.

Segundo o embaixador venezuelano, que respondeu a Mendes mediante uma nota enviada à imprensa, 'as declarações do magistrado, se de fato ocorreram, constituem uma afronta à população venezuelana e demonstram uma profunda ignorância sobre a realidade do país'.

Arveláiz argumentou que a Constituição venezuelana, 'elaborada pela Assembleia Constituinte e referendada nas urnas, determina a separação de poderes, estabelece direitos de cidadania e configura elementos jurídicos razoáveis, por isso o Presidente não pode determinar a prisão de nenhum cidadão, independentemente de seu cargo'.

'Recorrer à desinformação para envolver a Venezuela em debates que só competem aos brasileiros é uma atitude indecorosa, sobretudo se parte de um magistrado da mais alta corte de uma nação irmã, e não reflete a parceria histórica entre Brasil e Venezuela', declarou o embaixador.

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Segundo o embaixador venezuelano, que respondeu a Mendes mediante uma nota enviada à imprensa, 'as declarações do magistrado, se de fato ocorreram, constituem uma afronta à população venezuelana e demonstram uma profunda ignorância sobre a realidade do país'.

Arveláiz argumentou que a Constituição venezuelana, 'elaborada pela Assembleia Constituinte e referendada nas urnas, determina a separação de poderes, estabelece direitos de cidadania e configura elementos jurídicos razoáveis, por isso o Presidente não pode determinar a prisão de nenhum cidadão, independentemente de seu cargo'.

'Recorrer à desinformação para envolver a Venezuela em debates que só competem aos brasileiros é uma atitude indecorosa, sobretudo se parte de um magistrado da mais alta corte de uma nação irmã, e não reflete a parceria histórica entre Brasil e Venezuela', declarou o embaixador.

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