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Venezuela nega visto a representante da ONU

O representante no Cone Sul da instância que vela pelos direitos humanos no mundo "pediu repetidamente um visto para visitar o país"


	Venezuela: "Não temos gente no terreno, mas nossos escritórios estão atentos à situação"
 (Marco Bello / Reuters)

Venezuela: "Não temos gente no terreno, mas nossos escritórios estão atentos à situação" (Marco Bello / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 11h21.

Genebra - As autoridades da Venezuela negam desde 2014 o visto solicitado pelo representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na América do Sul com o propósito de realizar uma missão de trabalho no país, disse nesta terça-feira uma porta-voz da organização.

O representante no Cone Sul da instância que vela pelos direitos humanos no mundo "pediu repetidamente um visto para visitar o país, mas não consegue obtê-lo desde 2014", quando iniciou a gestão, precisou a porta-voz do Escritório do Alto Comissariado, Ravina Shamdasani.

Atualmente, esta entidade carece de pessoal na Venezuela, razão pela qual seu representante na América do Sul Amerigo Incalcaterra, que despacha desde Santiago do Chile, pediu autorização ao governo venezuelano para realizar uma visita de caráter oficial.

"Não temos gente no terreno, mas nossos escritórios (na região) estão atentos à situação, que é motivo de grande preocupação porque a violência e a insegurança estão aumentando", mencionou Shamdasani.

A porta-voz sustentou que preocupam profundamente a organização "a escassez de alimentos" e o aumento dos protestos "pedindo acesso a comida".

O Alto Comissariado para os Direitos Humanos e a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocaram para sexta-feira passada em Genebra -onde ambas têm suas sedes mundiais- uma entrevista coletiva sobre a Venezuela, mas esta foi cancelada no último momento e sem explicação.

Estava previsto que Incalcaterra participasse desse encontro informativo por telefone.

Questionada a respeito, a porta-voz da ONU em Genebra, Alessandra Velucci, disse hoje que a informação que tinha recebido sobre a situação na Venezuela era pouca e insuficiente para informar à imprensa, negando comentários de que o cancelamento se deveu a pressões da representação diplomática venezuelana. 

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