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Venezuela finaliza detalhes para eleição deste domingo

No próximo domingo os venezuelanos escolherão seu presidente para o período 2013-2019 entre um grupo de seis candidatos liderados por Chávez

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 23h25.

Caracas - No primeiro de dois dias de reflexão após a campanha na Venezuela, as autoridades eleitorais ultimavam nesta sexta-feira a instalação de mesas e a distribuição do material para as eleições do domingo na qual concorrem como favoritos o atual presidente, Hugo Chávez, e o líder opositor, Henrique Capriles.

Após 96 dias dedicados à promoção e atividades proselitistas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apressava-se na tarefa de aprontar os 13.810 centros de votação que este domingo abrigarão 39.322 mesas para as quais foram convocados cerca de 19 milhões de eleitores.

Entraram em vigor desde as 18h (horário local) e até a mesma hora da próxima segunda-feira a proibição de venda de bebidas e o porte de armas, salvo para as autoridades, assim como restrições a partir deste sábado ao trânsito de veículos de grande porte.

Em um balanço do primeiro dia de reflexão, a reitora Socorro Hernández, uma das cinco máximas autoridades do CNE, confirmou que 100% do material eleitoral e das máquinas automatizadas de voto foi distribuído em todo o país e que 99,76% das mesas de voto estão prontas.


'Com segurança podemos afirmar que teremos 100% de toda nossa plataforma prontos no dia de amanhã', assegurou Hernández a jornalistas, acreditando em que no domingo poderão cumprir a meta que a partir das 6h (horário local, 7h30 de Brasília) se inicie o processo de votação em todo o território nacional.

'Podemos dar a tranquilidade ao país que o processo eleitoral vai se desenvolver de acordo com o que viemos planejando, para o qual trabalhamos por mais de um ano', acrescentou.

Hernández chamou os partidos políticos e comandos de campanha e as ONGs que 'contribuam de maneira decidida a levar esta festa em paz e a evitar qualquer distorção', ao advertir que esse poder adotará 'ações imediatas para regular os que pudessem ser excessos ou desvios'.

Sobre os resultados das votações, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, lembrou em uma entrevista ao canal privado 'Venevisión' que para fazer o anúncio oficial devem se cumprir 'duas premissas', como o fechamento de todos os centros de votação e que os números da apuração 'sejam irreversíveis'.

Sem prometer uma hora específica, Lucena explicou que 'aproximadamente umas três horas depois' do fechamento das mesas de votação, fixado para as 18h (19h30 de Brasília) - embora o prazo possa ser ampliado no caso de haver eleitores nos centros de votação -, os resultados poderiam ser divulgados.

No mesmo sentido se tinha pronunciado a reitora Sandra Oblitas, explicando que assim que os centros comecem a transmissão de dados, duas horas mais tarde, aproximadamente, os resultados podem começar a ser dados, quando os números forem 'irreversíveis'.

Por sua vez, o chefe da missão de acompanhamento da Unasul nesta eleição, Carlos Álvarez, disse que esse organismo fará um trabalho 'muito técnico' e defendeu que nenhum país sul-americano 'precisa hoje de observação', em alusão ao mecanismo de acompanhamento que a Venezuela está estreando.

'Esta missão é uma missão de caráter muito técnico, porque é composta por funcionários dos organismos eleitorais dos países', detalhou Álvarez durante uma entrevista coletiva, afirmando que os integrantes de sua equipe são membros de juntas ou de instituições eleitorais 'independentes do poder político'.

O ex-vice-presidente argentino e secretário-geral da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), que disse que esta missão não será encarregada de fiscalizar, destacou que 'nenhum país sul-americano precisa hoje de observação de caráter internacional', porque em nenhum de seus processos eleitorais 'houve denúncias de fraude'.

'As observações internacionais da OEA (Organização dos Estados Americanos) acontecem em situações onde são comprovados altos níveis de irregularidade no sistema eleitoral, onde se colocam democracias eleitorais ou fracos ou suspeitas de fraudes, que não é o caso da Venezuela', argumentou.

No próximo domingo os venezuelanos escolherão seu presidente para o período 2013-2019 entre um grupo de seis candidatos liderados por Chávez, de 58 anos e que vai tentar sua terceira reeleição, e Capriles, de 40.

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