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Vencedores do Nobel pedem que Putin retire acusações

Acusações de pirataria parecem ter como objetivo enviar a mensagem de que país não vai tolerar tentativas de prejudicar seus projetos de exploração do Ártico


	Navio do Greenpeace: autoridades russas ordenaram que os ativistas permaneçam em detenção pré-julgamento até 24 de novembro e os tribunais do país já negaram fiança para 16 deles
 (Getty Images)

Navio do Greenpeace: autoridades russas ordenaram que os ativistas permaneçam em detenção pré-julgamento até 24 de novembro e os tribunais do país já negaram fiança para 16 deles (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 14h59.

Moscou - Onze contemplados com o Prêmo Nobel da Paz pediram nesta quinta-feira ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que arquive as acusações de pirataria contra 30 pessoas detidas em um protesto do Greenpeace no mês passado numa plataforma de petróleo no Ártico.

Entre os ativistas presos está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel.

As acusações de pirataria, passíveis de pena de até 15 anos de prisão, parecem ter como objetivo enviar a mensagem de que a Rússia não vai tolerar tentativas de prejudicar seus projetos de exploração do Ártico, região rica em recursos naturais.

As autoridades russas ordenaram que os ativistas permaneçam em detenção pré-julgamento até 24 de novembro e os tribunais do país já negaram fiança para 16 deles. Nos próximos dias devem ser realizadas as audiências para os demais ativistas.

Segundo o Greenpeace, a audiência marcada para esta quinta e que decidiria sobre um pedido de liberdade provisória para Ana Paula foi adiada pela Justiça russa sem que uma nova data fosse definida.

"Nós estamos escrevendo para lhe pedir que faça tudo o que puder para garantir que as acusações excessivas de pirataria… sejam abandonadas e que quaisquer acusações apresentadas sejam consistentes com a lei russa e a lei internacional", disseram os laureados com o Nobel, em carta aberta a Putin.

A carta, que tem entre os signatários o ativista sul-africano antiapartheid Desmond Tutu, descreve o protesto de 18 de setembro, no qual ativistas escalaram a plataforma de petróleo de Prirazlomnaya, como "protesto não-violento, pacífico".

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