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Vazamento do WikiLeaks diz que Exército egípcio é dividido em facções

Documentos revelam que Mubarak tem um firme controle dos altos comandantes das Forças Armadas, cujo papel em uma sucessão é imprevisível

Manifestante agita bandeira egípcia: protesto parece reunir todas as religiões (Khaled Desouki/AFP)

Manifestante agita bandeira egípcia: protesto parece reunir todas as religiões (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2011 às 14h22.

Londres - Alguns documentos americanos vazados pelo WikiLeaks que o "Financial Times" publica neste sábado descrevem o Exército egípcio dividido em facções há muito tempo, ao contrário da imagem de unidade apresentada até agora durante a crise política nesse país.

De acordo com relatório de diplomatas americanos, feito em 2009 por ocasião de uma visita do presidente Hosni Mubarak a Washington, o Exército egípcio não é monolítico, mas está divido em grupos entre os quais reina a desconfiança.

Mubarak, que já adiantou que não se apresentará à reeleição em setembro para facilitar uma transição democrática, tem a tarefa de conter o poder dos diferentes gerais em Forças Armadas em contínuo declive, assinalam os vazamentos recolhidos pelo FT.

Segundo estes, os comandantes intermediários do Exército desprezam o comandante das Forças Armadas e ministro da Defesa, o marechal de campo Mohamed Hussein Tantawi, apontado como mulherengo.

Em 2009, quando elaboraram os vazamentos a partir do Cairo, os militares não viam com bons olhos uma possível sucessão de Mubarak por seu filho, pelo fato de não terminado seu serviço militar, informa o periódico.

Apesar de tudo, os vazamentos revelam que Mubarak tem um firme controle dos altos comandantes das Forças Armadas, cujo papel em uma sucessão é imprevisível.

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