Vasta ofensiva do exército deixa mais de 120 mortos na Síria
Observatório Sírio dos Direitos Humanos contabiliza ainda dois mortos em Surán, o que elevaria o número de vítimas para 123
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2011 às 13h41.
Damasco - Pelo menos 121 pessoas morreram neste domingo na Síria, sendo 95 delas durante uma ofensiva do Exército sírio em Hama, cidade dominada pelos rebeldes e que o regime do presidente Bashar al-Assad tenta retomar há várias semanas, informaram insurgentes.
"O Exército e as forças de segurança atacaram Hama e abriram fogo contra civis, causando 95 mortes", declarou à AFP Amar Qurabi, presidente da Organização Nacional dos Direitos Humanos, que assegurou já ter identificado 62 das vítimas.
De acordo com Qurabi, os ataques do Exército em várias cidades sírias neste domingo deixaram um total de 121 mortos e dezenas de feridos, muitos deles em estado grave. Além das vítimas em Hama, foram 19 mortos em Deir Ezor, seis em Harak e uma em Bukamal, detalhou Qurabi.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos contabiliza ainda dois mortos em Surán, o que elevaria o número de vítimas para 123.
Desde o início da revolta contra o regime de al-Assad, em 15 de março, a repressão já deixou pelo menos dois mil mortos na Síria, sendo mais de 1,6 mil civis, de acordo com números divulgados por várias organizações não-governamentais.
Rami Abdel Rahmán, presidente do Observatório, confirmou nesta manhã a morte de 45 pessoas em Hama, advertindo que o número de vítimas fatais pode aumentar devido à falta de material hospitalar na região.
Um habitante da cidade contou à AFP pelo telefone que "o Exército entrou em Hama por volta das 6h (horário local) nos arredores da mesquita de Al Serjaui e do quartel".
De acordo com uma testemunha, "cinco tanques estão parados próximos ao palácio do Governo local", disparando de forma intermitente. Outro morador disse que quatro veículos blindados tipo BTR foram deslocados para a cidade.
A agência oficial Sana, que responsabiliza os "bandos armados" pelos distúrbios no país, anunciou que dois militares foram assassinados pelos rebeldes em Hama.
Ainda de acordo com a agência, os insurgentes "incendiaram quartéis da polícia, atacaram bens públicos e privados, queimaram pneus e colocaram barreiras nas ruas".
O Governo tenta há várias semanas retomar a cidade de Hama, em poder dos rebeldes, localizada a 210 km ao norte da capital Damasco, onde são realizadas várias manifestações contra o regime do presidente al-Assad. Na última sexta-feira, um protesto chegou a reunir mais de 500 mil pessoas, afirmou Rahmán.
Devido às manifestações dos últimos meses, o governador de Hama, Ahmad Galed Abdel-Azif, foi destituído em 2 de julho por um decreto presidencial.
Hama se converteu em um símbolo da luta contra o regime sírio desde a terrível repressão de 1982. Naquele ano, uma revolta promovida pelo movimento da Irmandade Muçulmana contra o então presidente Hafez al-Assad, pai do atual mandatário, foi duramente combatida, deixando mais de 20 mil mortos.
O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse sentir-se "consternado" após o ataque realizado a Hama.
Fazendo referência a uma "ação coordenada em um certo número de cidades para tentar dissuadir o povo sírio de manifestar-se", o ministro considerou que "estes ataques são mais impactantes por ocorrerem na véspera do início do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos".
Damasco - Pelo menos 121 pessoas morreram neste domingo na Síria, sendo 95 delas durante uma ofensiva do Exército sírio em Hama, cidade dominada pelos rebeldes e que o regime do presidente Bashar al-Assad tenta retomar há várias semanas, informaram insurgentes.
"O Exército e as forças de segurança atacaram Hama e abriram fogo contra civis, causando 95 mortes", declarou à AFP Amar Qurabi, presidente da Organização Nacional dos Direitos Humanos, que assegurou já ter identificado 62 das vítimas.
De acordo com Qurabi, os ataques do Exército em várias cidades sírias neste domingo deixaram um total de 121 mortos e dezenas de feridos, muitos deles em estado grave. Além das vítimas em Hama, foram 19 mortos em Deir Ezor, seis em Harak e uma em Bukamal, detalhou Qurabi.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos contabiliza ainda dois mortos em Surán, o que elevaria o número de vítimas para 123.
Desde o início da revolta contra o regime de al-Assad, em 15 de março, a repressão já deixou pelo menos dois mil mortos na Síria, sendo mais de 1,6 mil civis, de acordo com números divulgados por várias organizações não-governamentais.
Rami Abdel Rahmán, presidente do Observatório, confirmou nesta manhã a morte de 45 pessoas em Hama, advertindo que o número de vítimas fatais pode aumentar devido à falta de material hospitalar na região.
Um habitante da cidade contou à AFP pelo telefone que "o Exército entrou em Hama por volta das 6h (horário local) nos arredores da mesquita de Al Serjaui e do quartel".
De acordo com uma testemunha, "cinco tanques estão parados próximos ao palácio do Governo local", disparando de forma intermitente. Outro morador disse que quatro veículos blindados tipo BTR foram deslocados para a cidade.
A agência oficial Sana, que responsabiliza os "bandos armados" pelos distúrbios no país, anunciou que dois militares foram assassinados pelos rebeldes em Hama.
Ainda de acordo com a agência, os insurgentes "incendiaram quartéis da polícia, atacaram bens públicos e privados, queimaram pneus e colocaram barreiras nas ruas".
O Governo tenta há várias semanas retomar a cidade de Hama, em poder dos rebeldes, localizada a 210 km ao norte da capital Damasco, onde são realizadas várias manifestações contra o regime do presidente al-Assad. Na última sexta-feira, um protesto chegou a reunir mais de 500 mil pessoas, afirmou Rahmán.
Devido às manifestações dos últimos meses, o governador de Hama, Ahmad Galed Abdel-Azif, foi destituído em 2 de julho por um decreto presidencial.
Hama se converteu em um símbolo da luta contra o regime sírio desde a terrível repressão de 1982. Naquele ano, uma revolta promovida pelo movimento da Irmandade Muçulmana contra o então presidente Hafez al-Assad, pai do atual mandatário, foi duramente combatida, deixando mais de 20 mil mortos.
O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse sentir-se "consternado" após o ataque realizado a Hama.
Fazendo referência a uma "ação coordenada em um certo número de cidades para tentar dissuadir o povo sírio de manifestar-se", o ministro considerou que "estes ataques são mais impactantes por ocorrerem na véspera do início do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos".