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Vândalos destroem arte pré-histórica no Saara

Maciço montanhoso de Tadrart Acacus é famoso por possuir milhares de pinturas rupestres e esculturas em cavernas, de até 14.000 anos atrás

Pinturas pré-históricas vandalizadas na região líbia do Saara: destruição se acelerou desde que a guerra civil de 2011 (Aimen Elsahli/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 11h07.

Tadrart Acacus - Vândalos destruíram obras de arte pré-históricas desenhadas e talhadas em pedra no sul da Líbia , colocando em perigo uma série de pinturas e esculturas classificadas pela Unesco como de “valor universal inestimável”.

Localizado na fronteira sudoeste da Líbia com a Argélia , o maciço montanhoso de Tadrart Acacus é famoso por possuir milhares de pinturas rupestres e esculturas em cavernas, de até 14.000 anos atrás. A arte, pintada e talhada em rochas situadas em meio a espetaculares dunas, mostra a mudança de flora e fauna do Saara ao longo de milhares de anos.

Entre as imagens notáveis, consta um grande elefante talhado na superfície de uma rocha, junto a girafas, bovinos e avestruzes, datando de uma era em que a região não era um deserto inabitável. Mas, em uma visita a essa remota região do sul da Líbia, a Reuters encontrou muitas gravuras destruídas ou danificadas por sprays de grafiti ou pessoas que marcaram suas iniciais.

Representantes de turismo em Ghat, a cidade grande mais próxima, disseram que o vandalismo começou em 2009 quando um ex-funcionário líbio de uma companhia internacional aplicou o spray em várias gravuras em sinal de revolta por ter sido demitido.

Mas a destruição se acelerou desde que a guerra civil de 2011 que depôs o ditador Muammar Gaddafi e levou o país do norte da África a um estado de anarquia armada.

Com o afastamento de turistas e arqueólogos por conta de preocupações com segurança, caçadores assumiram o controle da cadeia de Acacus, atirando em grande parte da vida selvagem neste terreno árido e áspero.

Armamentos estão disponíveis em qualquer lugar atualmente em um país no qual o governo central, baseado em Trípoli, norte do país, possui pouca autoridade, ao passo que as nascentes Forças Armadas não são páreo para guerreiros tribais e milícias.

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Tadrart Acacus - Vândalos destruíram obras de arte pré-históricas desenhadas e talhadas em pedra no sul da Líbia , colocando em perigo uma série de pinturas e esculturas classificadas pela Unesco como de “valor universal inestimável”.

Localizado na fronteira sudoeste da Líbia com a Argélia , o maciço montanhoso de Tadrart Acacus é famoso por possuir milhares de pinturas rupestres e esculturas em cavernas, de até 14.000 anos atrás. A arte, pintada e talhada em rochas situadas em meio a espetaculares dunas, mostra a mudança de flora e fauna do Saara ao longo de milhares de anos.

Entre as imagens notáveis, consta um grande elefante talhado na superfície de uma rocha, junto a girafas, bovinos e avestruzes, datando de uma era em que a região não era um deserto inabitável. Mas, em uma visita a essa remota região do sul da Líbia, a Reuters encontrou muitas gravuras destruídas ou danificadas por sprays de grafiti ou pessoas que marcaram suas iniciais.

Representantes de turismo em Ghat, a cidade grande mais próxima, disseram que o vandalismo começou em 2009 quando um ex-funcionário líbio de uma companhia internacional aplicou o spray em várias gravuras em sinal de revolta por ter sido demitido.

Mas a destruição se acelerou desde que a guerra civil de 2011 que depôs o ditador Muammar Gaddafi e levou o país do norte da África a um estado de anarquia armada.

Com o afastamento de turistas e arqueólogos por conta de preocupações com segurança, caçadores assumiram o controle da cadeia de Acacus, atirando em grande parte da vida selvagem neste terreno árido e áspero.

Armamentos estão disponíveis em qualquer lugar atualmente em um país no qual o governo central, baseado em Trípoli, norte do país, possui pouca autoridade, ao passo que as nascentes Forças Armadas não são páreo para guerreiros tribais e milícias.

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