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Vacina contra ebola será testada em janeiro ou fevereiro

Segundo a OMS, o estágio final de testes de vacinas experimentais contra o ebola terão início em janeiro ou fevereiro na África Ocidental

Agentes da saúde recebem novo paciente infectado pelo ebola, num centro de tratamento perto de Freetown, em Serra Leoa, em dezembro (Baz Ratner/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 17h55.

Genebra - O estágio final de testes de vacinas experimentais contra o ebola terão início em janeiro ou fevereiro nos países da África Ocidental mais afetados pelo vírus, enquanto cientistas e fabricantes de medicamentos correm para segurar o contágio da doença, informou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde ( OMS ).

Caso se provem eficazes, as injeções estarão disponíveis para envio poucos meses depois.

Quase 90 especialistas de fabricantes de vacinas, agências reguladoras e ministérios da Saúde se reuniram na sede da OMS para revisar dados dos testes de segurança iniciais e finalizar os planos para os essenciais testes clínicos da fase três na Libéria, Serra Leoa e Guiné.

"É do meu entendimento que não há grandes sinais de segurança reportados até o momento", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em seu discurso de abertura, obtido pela Reuters.

"Todos nós queremos que o impulso e senso de urgência continuem", disse ela. "Muitos profissionais de saúde ainda estão sendo infectados, incluindo os locais e médicos e enfermeiros de equipes médicas estrangeiras." A reunião discute três projetos de ensaios clínicos em larga escala diferentes que usam as mais avançadas vacinas para combater a doença que matou mais de 8 mil pessoas no ano passado.

Duas vacinas da GlaxoSmithKline e outra resultante de uma colaboração entre a NewLink Genetics e a Merck entraram na fase inicial de testes clínicos no final do ano passado.

Uma terceira vacina, da Johnson & Johnson e da Bavarian Nordic acabou de atingir o estágio de testes em humanos.

O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
  • 2. Mohammed Wah, 23

    2 /15(John Moore/Getty Images)

  • Veja também

    O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
  • 3. Varney Taylor, 26

    3 /15(John Moore/Getty Images)

  • Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
  • 4. Benetha Coleman, 24

    4 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
  • 5. Victoria Masah, 28

    5 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
  • 6. Eric Forkpa, 23

    6 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
  • 7. Emanuel Jolo, 19

    7 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
  • 8. James Mulbah, 2

    8 /15(John Moore/Getty Images)

    O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
  • 9. John Massani, 27

    9 /15(John Moore/Getty Images)

    Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
  • 10. Mohammed Bah, 39

    10 /15(John Moore/Getty Images)

    Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
  • 11. Vavila Godoa, 43

    11 /15(John Moore/Getty Images)

    O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
  • 12. Ami Subah, 39

    12 /15(John Moore/Getty Images)

    Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
  • 13. Peters Roberts, 22

    13 /15(John Moore/Getty Images)

    O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
  • 14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34

    14 /15(John Moore/Getty Images)

    Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
  • 15. Moses Lansanah, 30

    15 /15(John Moore/Getty Images)

    O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.
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