Uso de armas químicas na Síria elevaria crise, diz Turquia
A Casa Branca afirmou na quinta-feira que o governo de Assad provavelmente usou armas químicas em pequena escala, mas Obama precisava de uma prova antes de agir
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2013 às 16h17.
Ancara - A Turquia disse nesta sexta-feira que qualquer uso de armas químicas pelo presidente sírio , Bashar al-Assad, "levaria a crise para outro nível", mas permaneceu cauteloso sobre qualquer intervenção militar estrangeira no conflito em sua fronteira.
A Casa Branca afirmou na quinta-feira que o governo de Assad provavelmente usou armas químicas em pequena escala, mas que o presidente norte-americano, Barack Obama, precisava de uma prova antes de agir.
"Temos ouvido alegações de uso de armas químicas por algum tempo e agora essas novas descobertas levam as coisas para outro nível. Elas são muito alarmantes", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores turco Levent Gumrukcu.
"Desde que surgiram os primeiros relatos do uso de armas químicas, temos pedido uma investigação minuciosa pela Organização das Nações Unidas para fundamentar esses relatos. No entanto, o regime sírio não permitiu isso."
A Síria, que até agora recusou o acesso dos investigadores da ONU por causa de uma disputa sobre seu mandato, nega ter disparado armas químicas e acusa rebeldes anti-Assad de usá-las.
"Isso tem sido feito pelas organizações, incluindo a Al Qaeda, que ameaçaram usar armas químicas contra a Síria. Eles cumpriram sua ameaça perto de Aleppo. Houve vítimas", disse o ministro de Informações da Síria, Omran al-Zoubi, em Moscou.
"O Exército sírio não tem armas químicas", relatou a agência de notícias Interfax citando Zoubi.
Ele comparou a missão da ONU com os inspetores da ONU enviados para o Iraque na década de 1990 para verificar se havia armas de destruição em massa que o ex-líder Saddam Hussein era suspeito de acumular.
Uma década atrás, o então presidente dos EUA, George W. Bush, usou inteligência imprecisa para justificar a invasão do Iraque para destruir armas nucleares, químicas e biológicas, que acabaram por não existir.
Outrora fervorosa defensora de uma intervenção estrangeira na Síria, a Turquia tem ficado cada vez mais frustrada com a oposição fraturada a Assad e com a desunião internacional.
Questionado se a Turquia iria permitir uma ação militar estrangeira na Síria a partir de seu solo, Gumrukcu disse que os dados sobre o uso de armas químicas precisavam ser fundamentados primeiro.
Ancara - A Turquia disse nesta sexta-feira que qualquer uso de armas químicas pelo presidente sírio , Bashar al-Assad, "levaria a crise para outro nível", mas permaneceu cauteloso sobre qualquer intervenção militar estrangeira no conflito em sua fronteira.
A Casa Branca afirmou na quinta-feira que o governo de Assad provavelmente usou armas químicas em pequena escala, mas que o presidente norte-americano, Barack Obama, precisava de uma prova antes de agir.
"Temos ouvido alegações de uso de armas químicas por algum tempo e agora essas novas descobertas levam as coisas para outro nível. Elas são muito alarmantes", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores turco Levent Gumrukcu.
"Desde que surgiram os primeiros relatos do uso de armas químicas, temos pedido uma investigação minuciosa pela Organização das Nações Unidas para fundamentar esses relatos. No entanto, o regime sírio não permitiu isso."
A Síria, que até agora recusou o acesso dos investigadores da ONU por causa de uma disputa sobre seu mandato, nega ter disparado armas químicas e acusa rebeldes anti-Assad de usá-las.
"Isso tem sido feito pelas organizações, incluindo a Al Qaeda, que ameaçaram usar armas químicas contra a Síria. Eles cumpriram sua ameaça perto de Aleppo. Houve vítimas", disse o ministro de Informações da Síria, Omran al-Zoubi, em Moscou.
"O Exército sírio não tem armas químicas", relatou a agência de notícias Interfax citando Zoubi.
Ele comparou a missão da ONU com os inspetores da ONU enviados para o Iraque na década de 1990 para verificar se havia armas de destruição em massa que o ex-líder Saddam Hussein era suspeito de acumular.
Uma década atrás, o então presidente dos EUA, George W. Bush, usou inteligência imprecisa para justificar a invasão do Iraque para destruir armas nucleares, químicas e biológicas, que acabaram por não existir.
Outrora fervorosa defensora de uma intervenção estrangeira na Síria, a Turquia tem ficado cada vez mais frustrada com a oposição fraturada a Assad e com a desunião internacional.
Questionado se a Turquia iria permitir uma ação militar estrangeira na Síria a partir de seu solo, Gumrukcu disse que os dados sobre o uso de armas químicas precisavam ser fundamentados primeiro.