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Uruguai registra maior taxa de desemprego dos últimos 12 anos

Atualmente são cerca de 190 mil desempregados no país, que no último ano registrou aproximadamente 15 mil vagas fechadas

Montevidéu: Uruguai amarga números negativos em relação ao emprego (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Montevidéu: Uruguai amarga números negativos em relação ao emprego (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de agosto de 2019 às 18h03.

O desemprego no Uruguai registrou no mês de junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística do país, 9,8%, o maior índice desde julho de 2007, quando ultrapassou os 10%.

O segundo trimestre teve uma taxa de desemprego de 8,9%, também a pior a pior marca dos últimos 12 anos. Estima-se que, no último ano, o país perdeu aproximadamente 15 mil postos de trabalho.

O Uruguai é um país pequeno, que faz fronteira com o Sul do Brasil, e tem uma população de 3,5 milhões de pessoas. Conhecido por ser um país progressista, com forte estabilidade política e social, uma democracia consolidada e com grande segurança jurídica, o Uruguai amarga números negativos em relação ao emprego.

Há, atualmente, cerca de 190 mil desempregados no país. O ministro da Economia, Danilo Astori, disse que o emprego é o "principal problema econômico do Uruguai".

A taxa de emprego, em junho deste ano, ficou em 55,3%, a mais baixa desde 2006, com uma queda de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano passado. Para o trimestre passado (abril, maio, junho), a taxa de emprego entre homens e mulheres variou 16,6%, sendo que 64,9% dos homens estão empregados e 48,3% das mulheres.

Entre os mais jovens (de 14 a 24 anos) e entre os idosos (com mais de 60 anos), a taxa de emprego é menor do que o resto da população. Entre as pessoas de 14 a 24 anos, 47,4% dos homens estão empregados e 35,4% das mulheres. Considerando a população economicamente ativa, entre 25 e 60 anos, cerca de 93% dos homens estão empregados, assim como 78% das mulheres.

Eleições

O país terá eleições presidenciais em outubro. O pleito será um teste para o partido governista de centro-esquerda, liderado atualmente por Tabaré Vázquez, que está lutando contra o lento crescimento econômico, sobrecarregado pelos efeitos da seca e das enchentes no crucial setor agrícola.

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