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Uruguai plantará 150 hectares de maconha quando legalizada

Mujica destacou que essa quantidade é mais que suficiente para sua iniciativa

Mujica insistiu que com controle estatal será possível oferecer aos consumidores produto que terá ''preço e qualidade que não se pode conseguir no mercado negro'' (©AFP/Arquivo / Pablo Porciuncula)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h19.

Montevidéu - O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta segunda-feira que, se for aprovado o plano do governo para legalizar a venda de maconha , o país plantaria 150 hectares de cannabis para suprir a demanda de seus consumidores.

Em entrevista a emissoras de televisão, Mujica destacou que essa quantidade é mais que suficiente para sua iniciativa, que entrou no Parlamento para ser debatida no início de agosto e que pretende a legalizar a compra e a venda da droga e que o Estado se encarregue de todo o processo produtivo.

Faltando que a norma seja debatida no Parlamento e se conheçam bem os detalhes da regulação, estima-se que o Uruguai deverá produzir 28 mil quilos de maconha ao ano para cobrir as necessidades de seus cerca de 75,5 mil consumidores frequentes, que estariam autorizados a comprar 30 gramas mensais da droga.

Mujica insistiu mais uma vez em que com este controle estatal será possível oferecer aos consumidores um produto que terá ''um preço e uma qualidade que não se pode conseguir no mercado negro'', e que dessa forma tentará ''roubar o mercado do narcotráfico''.

''Estamos há 50 anos tentando pela via policial e estamos fracassando'', declarou para justificar a iniciativa.

Consultado sobre que alternativas poderia dar para o modelo de gestão deste mercado, o presidente uruguaio destacou os clubes de cannabis da Espanha, onde associações de usuários são as encarregadas ''de produzir, vender e registrar os consumidores''.


As declarações foram divulgadas horas depois que o jornalista argentino da ''CNN'', Andrés Oppenheimer, divulgasse em uma de suas colunas que Mujica havia lhe confiado em entrevista que não seria o Estado que se encarregaria em último caso de vender e tramitar a maconha.

''Mujica, que até agora não tinha esclarecido se está a favor que a empresa encarregada de gerenciar seu projeto seja estatal ou privada, disse que ''uma empresa privada é a que vai vender'' a maconha sob estrito controle governamental, tal como ocorre agora com as vendas de bebidas alcoólicas'', publicou Oppenheimer em coluna no jornal ''El Nuevo Herald'' de Miami.

O jornalista também contou que o presidente assinalou que esta venda de maconha estará destinada apenas aos uruguaios, que deverão estar registrados para comprar, e cin isso evitará o turismo para fumantes.

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Montevidéu - O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta segunda-feira que, se for aprovado o plano do governo para legalizar a venda de maconha , o país plantaria 150 hectares de cannabis para suprir a demanda de seus consumidores.

Em entrevista a emissoras de televisão, Mujica destacou que essa quantidade é mais que suficiente para sua iniciativa, que entrou no Parlamento para ser debatida no início de agosto e que pretende a legalizar a compra e a venda da droga e que o Estado se encarregue de todo o processo produtivo.

Faltando que a norma seja debatida no Parlamento e se conheçam bem os detalhes da regulação, estima-se que o Uruguai deverá produzir 28 mil quilos de maconha ao ano para cobrir as necessidades de seus cerca de 75,5 mil consumidores frequentes, que estariam autorizados a comprar 30 gramas mensais da droga.

Mujica insistiu mais uma vez em que com este controle estatal será possível oferecer aos consumidores um produto que terá ''um preço e uma qualidade que não se pode conseguir no mercado negro'', e que dessa forma tentará ''roubar o mercado do narcotráfico''.

''Estamos há 50 anos tentando pela via policial e estamos fracassando'', declarou para justificar a iniciativa.

Consultado sobre que alternativas poderia dar para o modelo de gestão deste mercado, o presidente uruguaio destacou os clubes de cannabis da Espanha, onde associações de usuários são as encarregadas ''de produzir, vender e registrar os consumidores''.


As declarações foram divulgadas horas depois que o jornalista argentino da ''CNN'', Andrés Oppenheimer, divulgasse em uma de suas colunas que Mujica havia lhe confiado em entrevista que não seria o Estado que se encarregaria em último caso de vender e tramitar a maconha.

''Mujica, que até agora não tinha esclarecido se está a favor que a empresa encarregada de gerenciar seu projeto seja estatal ou privada, disse que ''uma empresa privada é a que vai vender'' a maconha sob estrito controle governamental, tal como ocorre agora com as vendas de bebidas alcoólicas'', publicou Oppenheimer em coluna no jornal ''El Nuevo Herald'' de Miami.

O jornalista também contou que o presidente assinalou que esta venda de maconha estará destinada apenas aos uruguaios, que deverão estar registrados para comprar, e cin isso evitará o turismo para fumantes.

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