Paris - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) suspendeu o direito a voto dos Estados Unidos e de Israel, dois anos após os países interromperem suas contribuições financeiras para o órgão como protesto contra a admissão da Palestina como Estado membro.

As duas nações precisavam apresentar até esta sexta-feira (8) a documentação necessária para explicar as motivações que as levaram a cessar os repasses e evitar a perda do direito a voto.

"A questão de fundo é que depois do ingresso da Palestina os Estados Unidos suspenderem a sua contribuição, e com base nos regulamentos, se isso acontece por um período prolongado de tempo, pode levar à suspensão do direito a voto", explicou um porta-voz da entidade.

A paralisação do financiamento norte-americano, que na época representava 22% do orçamento do órgão, provocou grandes problemas para a agência, que se viu obrigada a terminar alguns programas e promover cortes nas suas despesas de funcionamento.

"Nós já sabíamos disso e estávamos prontos. É consequência da nossa escolha de dois anos atrás", disse Ygal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, acrescentando que a Unesco é a única estrutura da ONU que aceitou a Palestina como Estado membro.