Unasul reconhece Maduro como presidente da Venezuela
A cúpula da União das Nações Sul-Americanas, reunida de forma extraordinária na noite desta quinta-feira, pediu ao opositor Enrique Capriles que reconheça os resultados
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 07h35.
Lima - A cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), reunida de forma extraordinária na noite desta quinta-feira, em Lima, reconheceu Nicolás Maduro como presidente da Venezuela e pediu ao opositor Enrique Capriles que reconheça os resultados emitidos pela autoridade eleitoral.
"A Unasul saúda o presidente Nicolás Maduro pelo resultado da eleição e por sua escolha como presidente da República Bolivariana da Venezuela" e "insta a todos os setores que participaram do processo eleitoral para que respeitem os resultados oficiais emanados do Conselho Nacional Eleitoral", destaca uma declaração de consenso dos líderes sul-americanos.
O documento solicita que "toda reclamação, questionamento ou procedimento extraordinário solicitado por algum dos participantes do processo eleitoral" seja canalizado e resolvido dentro do ordenamento jurídico vigente e da vontade democrática das partes.
Neste sentido, a Unasul "toma nota positiva da decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de implementar uma metodologia que permita a auditoria total das mesas eleitorais".
O CNE decidiu na noite desta quinta-feira auditar as urnas da eleição de domingo passado, em um processo que exigirá 30 dias.
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, informou em Caracas que "com base no que é permitido na legislação eleitoral, foi decidido ampliar a auditoria de verificação (...) para analisar 46% das urnas "de garantia" que não foram auditadas no dia da eleição".
O CNE já havia auditado 54% das urnas "de garantia" e Lucena explicou que, para que a auditoria envolva 100% das urnas de "garantia" - que guardam os comprobantes físicos emitidos contra cada voto eletrônico - será selecionada "uma amostra" de 46% das urnas ainda não auditadas no domingo passado, e que o processo durará 30 dias.
Lucena destacou que e recontagem não envolverá 100% dos votos, como pretendia Capriles, que contesta a vitória de Maduro e aponta uma série de irregularidades no processo eleitoral.
Capriles concordou com a decisão ao afirmar que "o comando Simón Bolívar (da campanha da oposição) aceita o que o CNE anunciou em cadeia de rádio e televisão ao país".
"Vamos estar presentes nesta auditoria", afirmou Capriles, que não reconheceu os resultados e pressionava o governo desde o domingo com manifestações nas ruas e "panelaços".
"Consideramos que nestas 12 mil urnas (que serão abertas para auditoria) estão os problemas. Poderemos perfeitamente mostrar ao país a verdade", disse Capriles, que felicitou seus seguidores pela luta até a decisão do CNE.
Os presidentes do bloco ficaram reunidos durante horas, até a madrugada desta sexta-feira, para analisar a crise provocada na Venezuela com a vitória de Maduro por uma estreita margem de votos sobre Capriles, que rejeitou os resultados.
Encabeçada pela presidente Dilma Rousseff, a cúpula de emergência reuniu todos os presidentes sul-americanos, exceto o equatoriano Rafael Correa, que está na Europa, e contou com a presença de Maduro, cuja posse está prevista para esta sexta-feira
A Unasul é integrada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela, Uruguai, Venezuela e Suriname. Paraguai está suspenso do bloco desde o ano passado devido ao impeachment relâmpago do então presidente, Fernando Lugo.
Lima - A cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), reunida de forma extraordinária na noite desta quinta-feira, em Lima, reconheceu Nicolás Maduro como presidente da Venezuela e pediu ao opositor Enrique Capriles que reconheça os resultados emitidos pela autoridade eleitoral.
"A Unasul saúda o presidente Nicolás Maduro pelo resultado da eleição e por sua escolha como presidente da República Bolivariana da Venezuela" e "insta a todos os setores que participaram do processo eleitoral para que respeitem os resultados oficiais emanados do Conselho Nacional Eleitoral", destaca uma declaração de consenso dos líderes sul-americanos.
O documento solicita que "toda reclamação, questionamento ou procedimento extraordinário solicitado por algum dos participantes do processo eleitoral" seja canalizado e resolvido dentro do ordenamento jurídico vigente e da vontade democrática das partes.
Neste sentido, a Unasul "toma nota positiva da decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de implementar uma metodologia que permita a auditoria total das mesas eleitorais".
O CNE decidiu na noite desta quinta-feira auditar as urnas da eleição de domingo passado, em um processo que exigirá 30 dias.
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, informou em Caracas que "com base no que é permitido na legislação eleitoral, foi decidido ampliar a auditoria de verificação (...) para analisar 46% das urnas "de garantia" que não foram auditadas no dia da eleição".
O CNE já havia auditado 54% das urnas "de garantia" e Lucena explicou que, para que a auditoria envolva 100% das urnas de "garantia" - que guardam os comprobantes físicos emitidos contra cada voto eletrônico - será selecionada "uma amostra" de 46% das urnas ainda não auditadas no domingo passado, e que o processo durará 30 dias.
Lucena destacou que e recontagem não envolverá 100% dos votos, como pretendia Capriles, que contesta a vitória de Maduro e aponta uma série de irregularidades no processo eleitoral.
Capriles concordou com a decisão ao afirmar que "o comando Simón Bolívar (da campanha da oposição) aceita o que o CNE anunciou em cadeia de rádio e televisão ao país".
"Vamos estar presentes nesta auditoria", afirmou Capriles, que não reconheceu os resultados e pressionava o governo desde o domingo com manifestações nas ruas e "panelaços".
"Consideramos que nestas 12 mil urnas (que serão abertas para auditoria) estão os problemas. Poderemos perfeitamente mostrar ao país a verdade", disse Capriles, que felicitou seus seguidores pela luta até a decisão do CNE.
Os presidentes do bloco ficaram reunidos durante horas, até a madrugada desta sexta-feira, para analisar a crise provocada na Venezuela com a vitória de Maduro por uma estreita margem de votos sobre Capriles, que rejeitou os resultados.
Encabeçada pela presidente Dilma Rousseff, a cúpula de emergência reuniu todos os presidentes sul-americanos, exceto o equatoriano Rafael Correa, que está na Europa, e contou com a presença de Maduro, cuja posse está prevista para esta sexta-feira
A Unasul é integrada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela, Uruguai, Venezuela e Suriname. Paraguai está suspenso do bloco desde o ano passado devido ao impeachment relâmpago do então presidente, Fernando Lugo.