Últimas reuniões antes do conclave para eleger novo Papa
Na reuniões que começaram há uma semana, os cardeais tentaram esboçar o perfil do homem que assumirá as rédeas de uma Igreja em crise
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2013 às 10h39.
Roma - Os cardeais se reúnem pela última vez nesta segunda-feira antes de se fecharem na terça-feira na Capela Sistina para começar o conclave e eleger o sucessor de Bento XVI, em meio aos rumores e prognósticos sobre quem será o próximo Papa.
Nestas "congregações gerais", que começaram há uma semana, os cardeais tentaram esboçar o perfil do homem que assumirá as rédeas de uma Igreja em crise, que enfrenta a secularização do Ocidente e denúncias de corrupção e de acobertamento de abusos sexuais contra menores.
Embora não existam favoritos claros, alguns nomes ganharam força nas últimas horas para ocupar o trono de Pedro, entre eles o do cardeal brasileiro Odilo Scherer, de 63 anos, que no domingo celebrou uma missa muito midiática na pequena igreja romana de Santo André do Quirinal.
Também estão na boca de vaticanistas e especialistas os nomes do italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, de 72 anos, o do americano Timothy Dollan, arcebispo de Nova York, ou do canadense Marc Ouellet, ex-arcebispo de Quebec, de 67 anos, um grande conhecedor da América Latina.
Seja quem for, o eleito deverá ser ao mesmo tempo um administrador, um poliglota, um homem carismático e um pastor, também capaz de responder às acusações de corrupção da cúria (o governo da igreja) após os escândalos do Vatileaks, de vazamento de documentos secretos, e de lavagem de dinheiro.
Além disso, pela primeira vez na história moderna deverá conviver com um Papa emérito, após a renúncia de Bento XVI, que alegou falta de forças após oito anos de pontificado.
O futuro da Igreja católica está nas mãos dos 115 "príncipes da Igreja" com direito a voto (por terem menos de 80 anos), majoritariamente conservadores, dos quais 60 são europeus (28 italianos), 19 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 10 asiáticos e um australiano.
Os cardeais se dirigirão na terça-feira, a partir das 07h00 locais (03h00 de Brasília), à Casa de Santa Marta, sua residência durante o conclave. Às 10h00 irá ocorrer a missa "Pro eligendo Romano Pontifice", presidida por Angelo Sodano.
Às 15h45 os cardeais, vestidos de vermelho, se dirigirão à Capela Paulina e dali, em procissão, irão à Capela Sistina. Às 16h45 em ponto pronunciarão o juramento solene de segredo, seguido pelo "Extra Omnes" ("Fora todos"), as palavras com as quais o mestre de cerimônias ordena que todas as pessoas alheias ao ritual deixem o local.
Depois de ouvir a meditação do cardeal Prosper Grech, os cardeais realizarão a primeira e única votação do primeiro dia de conclave.
Assim como os cardeais, os funcionários auxiliares jurarão solenemente nesta segunda-feira guardar segredo sobre tudo o que ouvirem durante as deliberações.
A partir do segundo dia, os cardeais votarão duas vezes pela manhã e duas vezes pela tarde. Se não for alcançada uma maioria, os papéis serão queimados em uma estufa instalada na mesma capela e a chaminé soltará uma fumaça preta.
Se o resultado for positivo, a chaminé liberará uma fumaça branca, o que anunciará a eleição de um novo Papa. Neste momento, os sinos da Basílica de São Pedro e de toda a cidade de Roma começarão a bater.
Do aparecimento da chamada fumaça branca ao anúncio da eleição por parte do cardeal protodiácono (atualmente o francês Jean-Louis Tauran) da sacada do Palácio Apostólico, transcorrerão cerca de 40 minutos, o tempo para o eleito assumir o cargo e se vestir com a batina branca.
O Vaticano já anunciou que terá permanentemente uma câmera focando a chaminé para que milhares de pessoas de todo o mundo possam acompanhar ao vivo o anúncio da eleição.
Roma - Os cardeais se reúnem pela última vez nesta segunda-feira antes de se fecharem na terça-feira na Capela Sistina para começar o conclave e eleger o sucessor de Bento XVI, em meio aos rumores e prognósticos sobre quem será o próximo Papa.
Nestas "congregações gerais", que começaram há uma semana, os cardeais tentaram esboçar o perfil do homem que assumirá as rédeas de uma Igreja em crise, que enfrenta a secularização do Ocidente e denúncias de corrupção e de acobertamento de abusos sexuais contra menores.
Embora não existam favoritos claros, alguns nomes ganharam força nas últimas horas para ocupar o trono de Pedro, entre eles o do cardeal brasileiro Odilo Scherer, de 63 anos, que no domingo celebrou uma missa muito midiática na pequena igreja romana de Santo André do Quirinal.
Também estão na boca de vaticanistas e especialistas os nomes do italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, de 72 anos, o do americano Timothy Dollan, arcebispo de Nova York, ou do canadense Marc Ouellet, ex-arcebispo de Quebec, de 67 anos, um grande conhecedor da América Latina.
Seja quem for, o eleito deverá ser ao mesmo tempo um administrador, um poliglota, um homem carismático e um pastor, também capaz de responder às acusações de corrupção da cúria (o governo da igreja) após os escândalos do Vatileaks, de vazamento de documentos secretos, e de lavagem de dinheiro.
Além disso, pela primeira vez na história moderna deverá conviver com um Papa emérito, após a renúncia de Bento XVI, que alegou falta de forças após oito anos de pontificado.
O futuro da Igreja católica está nas mãos dos 115 "príncipes da Igreja" com direito a voto (por terem menos de 80 anos), majoritariamente conservadores, dos quais 60 são europeus (28 italianos), 19 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 10 asiáticos e um australiano.
Os cardeais se dirigirão na terça-feira, a partir das 07h00 locais (03h00 de Brasília), à Casa de Santa Marta, sua residência durante o conclave. Às 10h00 irá ocorrer a missa "Pro eligendo Romano Pontifice", presidida por Angelo Sodano.
Às 15h45 os cardeais, vestidos de vermelho, se dirigirão à Capela Paulina e dali, em procissão, irão à Capela Sistina. Às 16h45 em ponto pronunciarão o juramento solene de segredo, seguido pelo "Extra Omnes" ("Fora todos"), as palavras com as quais o mestre de cerimônias ordena que todas as pessoas alheias ao ritual deixem o local.
Depois de ouvir a meditação do cardeal Prosper Grech, os cardeais realizarão a primeira e única votação do primeiro dia de conclave.
Assim como os cardeais, os funcionários auxiliares jurarão solenemente nesta segunda-feira guardar segredo sobre tudo o que ouvirem durante as deliberações.
A partir do segundo dia, os cardeais votarão duas vezes pela manhã e duas vezes pela tarde. Se não for alcançada uma maioria, os papéis serão queimados em uma estufa instalada na mesma capela e a chaminé soltará uma fumaça preta.
Se o resultado for positivo, a chaminé liberará uma fumaça branca, o que anunciará a eleição de um novo Papa. Neste momento, os sinos da Basílica de São Pedro e de toda a cidade de Roma começarão a bater.
Do aparecimento da chamada fumaça branca ao anúncio da eleição por parte do cardeal protodiácono (atualmente o francês Jean-Louis Tauran) da sacada do Palácio Apostólico, transcorrerão cerca de 40 minutos, o tempo para o eleito assumir o cargo e se vestir com a batina branca.
O Vaticano já anunciou que terá permanentemente uma câmera focando a chaminé para que milhares de pessoas de todo o mundo possam acompanhar ao vivo o anúncio da eleição.