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UE quer mais transparência em pagamentos a governos

Companhias de energia e mineração seriam obrigadas a revelar pagamentos feitos para governos de fora do bloco

Quando as diretrizes da política econômica e orçamentária forem aprovadas, a parcela de 8 bilhões de euros estará disponível para a Grécia
 (Daniel Roland/AFP)

Quando as diretrizes da política econômica e orçamentária forem aprovadas, a parcela de 8 bilhões de euros estará disponível para a Grécia (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 15h35.

Bruxelas - A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) deve propor na semana que vem que companhias de energia e mineração sejam obrigadas a revelar pagamentos feitos para governos de fora do bloco, levantando receios entre os participantes do setor sobre informações delicadas.

Companhias de petróleo e gás pagam bilhões de dólares em impostos e royalties para governos de países fora da UE onde elas operam, e dúvidas sobre a legalidade desses pagamentos levaram as autoridades europeias a adotar medidas para aumentar a transparência e criar uma lei parecida com a Legislação Dodd-Frank, que reestrutura o setor financeiro nos Estados Unidos.

Segundo um rascunho do projeto que deve ser apresentado pela Comissão, ao qual a Dow Jones teve acesso, companhias de petróleo, gás e mineração teriam de revelar os pagamentos relativos a cada país e a cada projeto.

A proposta deve enfrentar oposição, pois as companhias querem manter tais informações em sigilo, porque consideram essas informações sensíveis. As empresas também temem que, ao revelar o valor pago por cada projeto, podem criar tensões entre os países onde elas operam, ao ressaltar as diferenças nos pagamentos em cada região, ou mesmo a parcela retida pelos governos centrais. Além disso, essa divulgação poderia gerar conflitos em campos localizados em áreas onde existem disputas de fronteira, como no Mar Cáspio, por exemplo.

A proposta ainda pode sofrer alterações antes de ser divulgada, na próxima terça-feira. O projeto terá de ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelos governos dos membros da UE para entrar em vigor. As informações são da Dow Jones.

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