UE planeja aumentar pressão sobre Síria, além do embargo petroleiro
União Europeia confirmou neste sábado o endurecimento das medidas de pressão sobre o regime de Bashar al Assad.
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2011 às 11h54.
Sopot - No mesmo dia em que entrou em vigor seu embargo às importações do petróleo sírio, a União Europeia (UE) confirmou neste sábado o endurecimento das medidas de pressão sobre o regime de Bashar al Assad.
Depois de se reunir com os ministros de Relações Exteriores dos 27 países do bloco, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou em entrevista coletiva que a UE vai continuar estudando formas de usar sua capacidade, por exemplo pela via econômica, para pressionar Damasco.
"As discussões seguem para ver o que podemos fazer", declarou Ashton, que não quis especular sobre possíveis medidas concretas.
Esses novos movimentos passam, segundo o ministro francês Alain Juppé, por "endurecer as sanções", "seguir trabalhando nas Nações Unidas para conseguir uma condenação mais explícita ao regime sírio" e "trabalhar com a oposição".
Na mesma linha se expressou a chefe da diplomacia espanhola, Trinidad Jiménez, que considerou fundamental um pronunciamento do Conselho de Segurança.
"É ali onde deve haver uma resolução de condenação e onde a comunidade internacional pode fazer sua força e pressão, não apenas para isolar o regime, mas para demonstrar que está em condições de apoiar os cidadãos que se sentem indefesos perante os ataques", ressaltou.
A mensagem dos europeus em favor de mais sanções chegou pouco depois que Rússia criticou o embargo petroleiro aprovado pela UE.
"Sempre dissemos que as sanções unilaterais não levam a lugar algum. Isto destrói o enfoque de parceria perante qualquer crise", disse o ministro russo Sergei Lavrov.
Os 27 países não quiseram entrar em polêmicas com Moscou, mas defenderam suas sanções como o método mais efetivo para forçar às autoridades sírias a deter a violência e abrir um processo de transição.
Jiménez lembrou que a UE solicita isso durante meses e que Assad "não cumpriu nenhuma de suas promessas", por isso chegou o momento no qual "não fica mais remédio além de se expressar através de condenações e sanções".
"Se Bashar al Assad não muda, se não há uma mudança de regime, é preciso acentuar a pressão", opinou Juppé, considerando que a comunidade internacional deve "exercer plenamente sua responsabilidade de proteger a população civil da violência dos ditadores".
"A Síria não é a Líbia, mas devemos ser coerentes", destacou o ministro, descartando em qualquer caso uma intervenção militar neste caso.
A última rodada de sanções europeias contra Damasco entrou em vigor neste sábado e inclui um embargo imediato sobre o petróleo sírio, mas os países podem solicitar uma moratória até o dia 15 de novembro para respeitar contratos em vigor, ponto exigido pela Itália.
Além disso, foram adicionados à lista de sancionados - na qual já figuravam meia centena de pessoas e uma dezena de empresas - quatro novos indivíduos e três entidades acusados de apoiar a repressão governamental.
O encontro dos representantes da UE serviu também para repassar a situação em outros países, como Tunísia, Egito e Líbia, três lugares nos quais os 27 países se comprometeram a apoiar os processos democráticos concedendo ajudas econômicas e facilidades em outros âmbitos.
A reunião deixou em aberto a postura que a UE manterá perante o esperado pedido dos palestinos para serem reconhecidos como um estado independente na ONU.
À espera do texto que a Autoridade Nacional Palestina apresentará em Nova York, Ashton insistiu neste sábado que é fundamental conseguir uma solução negociada entre israelenses e palestinos e a manutenção do processo de paz.
A Europa pode ficar dividida em relação à independência palestina, que poderia contar com o respaldo de um grupo de Estados-membros, como a Espanha, e a oposição de outros, como Alemanha e Holanda.
Segundo Jiménez, a UE "não renuncia em absoluto" o objetivo de conseguir uma postura comum e seguirá debatendo o assunto quando for divulgada a proposta palestina. .
Sopot - No mesmo dia em que entrou em vigor seu embargo às importações do petróleo sírio, a União Europeia (UE) confirmou neste sábado o endurecimento das medidas de pressão sobre o regime de Bashar al Assad.
Depois de se reunir com os ministros de Relações Exteriores dos 27 países do bloco, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou em entrevista coletiva que a UE vai continuar estudando formas de usar sua capacidade, por exemplo pela via econômica, para pressionar Damasco.
"As discussões seguem para ver o que podemos fazer", declarou Ashton, que não quis especular sobre possíveis medidas concretas.
Esses novos movimentos passam, segundo o ministro francês Alain Juppé, por "endurecer as sanções", "seguir trabalhando nas Nações Unidas para conseguir uma condenação mais explícita ao regime sírio" e "trabalhar com a oposição".
Na mesma linha se expressou a chefe da diplomacia espanhola, Trinidad Jiménez, que considerou fundamental um pronunciamento do Conselho de Segurança.
"É ali onde deve haver uma resolução de condenação e onde a comunidade internacional pode fazer sua força e pressão, não apenas para isolar o regime, mas para demonstrar que está em condições de apoiar os cidadãos que se sentem indefesos perante os ataques", ressaltou.
A mensagem dos europeus em favor de mais sanções chegou pouco depois que Rússia criticou o embargo petroleiro aprovado pela UE.
"Sempre dissemos que as sanções unilaterais não levam a lugar algum. Isto destrói o enfoque de parceria perante qualquer crise", disse o ministro russo Sergei Lavrov.
Os 27 países não quiseram entrar em polêmicas com Moscou, mas defenderam suas sanções como o método mais efetivo para forçar às autoridades sírias a deter a violência e abrir um processo de transição.
Jiménez lembrou que a UE solicita isso durante meses e que Assad "não cumpriu nenhuma de suas promessas", por isso chegou o momento no qual "não fica mais remédio além de se expressar através de condenações e sanções".
"Se Bashar al Assad não muda, se não há uma mudança de regime, é preciso acentuar a pressão", opinou Juppé, considerando que a comunidade internacional deve "exercer plenamente sua responsabilidade de proteger a população civil da violência dos ditadores".
"A Síria não é a Líbia, mas devemos ser coerentes", destacou o ministro, descartando em qualquer caso uma intervenção militar neste caso.
A última rodada de sanções europeias contra Damasco entrou em vigor neste sábado e inclui um embargo imediato sobre o petróleo sírio, mas os países podem solicitar uma moratória até o dia 15 de novembro para respeitar contratos em vigor, ponto exigido pela Itália.
Além disso, foram adicionados à lista de sancionados - na qual já figuravam meia centena de pessoas e uma dezena de empresas - quatro novos indivíduos e três entidades acusados de apoiar a repressão governamental.
O encontro dos representantes da UE serviu também para repassar a situação em outros países, como Tunísia, Egito e Líbia, três lugares nos quais os 27 países se comprometeram a apoiar os processos democráticos concedendo ajudas econômicas e facilidades em outros âmbitos.
A reunião deixou em aberto a postura que a UE manterá perante o esperado pedido dos palestinos para serem reconhecidos como um estado independente na ONU.
À espera do texto que a Autoridade Nacional Palestina apresentará em Nova York, Ashton insistiu neste sábado que é fundamental conseguir uma solução negociada entre israelenses e palestinos e a manutenção do processo de paz.
A Europa pode ficar dividida em relação à independência palestina, que poderia contar com o respaldo de um grupo de Estados-membros, como a Espanha, e a oposição de outros, como Alemanha e Holanda.
Segundo Jiménez, a UE "não renuncia em absoluto" o objetivo de conseguir uma postura comum e seguirá debatendo o assunto quando for divulgada a proposta palestina. .