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UE pede diálogo na Ucrânia para consolidar unidade e coesão

A União Europeia afirmou que as eleições de ontem na Ucrânia foram uma vitória da democracia, e pediu para que um diálogo nacional seja iniciado


	Homem é visto com bandeiras da União Europeia e da Ucrânia
 (Vasily Fedosenko/Reuters)

Homem é visto com bandeiras da União Europeia e da Ucrânia (Vasily Fedosenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h52.

Bruxelas - A União Europeia afirmou nesta segunda-feira que as eleições de ontem na Ucrânia, vencidas pelos partidos pró-Europa, foram uma vitória da democracia e pediu aos políticos do país que iniciem um diálogo nacional para consolidar a unidade e coesão interna do estado.

"O mandato eleitoral outorgado pelos ucranianos deve agora ser implementado", destacaram os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso, em comunicado.

Os dois líderes comunitários disseram esperar a pronta formação de um novo governo e um amplo consenso nacional em torno do resultado eleitoral para intensificar reformas políticas e econômicas necessárias na Ucrânia.

"Um processo reformista revigorado, incluindo o lançamento de um diálogo nacional em todo o país, será crucial para a associação política e a integração econômica da Ucrânia com a UE, e para consolidar a unidade e a coesão interna do país", afirmaram Van Rompuy e Barroso.

A UE se disse preparada para trabalhar de perto com o novo parlamento ucraniano e o com futuro governo nos próximos desafios do país.

Eles também reiteraram a importância de que as eleições locais do próximo dia 2 de novembro nas regiões de Donetsk e Lugansk, parcialmente controladas por separatistas pró-Rússia, sejam realizadas sob lei ucraniana e sirvam para diminuir as tensões.

Para os líderes, o governo ucraniano deve se concentrar em fortalecer um diálogo inclusivo com os representantes democraticamente escolhidos.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que os ucranianos podem estar orgulhosos por recuperarem a liberdade através de um processo eleitoral ordenado, justo e plural, como indicam as missões de internacionais de observação.

"Os ucranianos podem olhar agora para o futuro como uma esperança renovada e exigindo que suas instituições prestem contas a eles", acrescentou.

Schulz indicou que o novo parlamento e o governo terão agora o desafio de trabalhar por uma solução pacífica ao conflito russo-ucraniano, desenvolver um plano de renascimento econômico, e relançar reformas-chave, especialmente com relação ao estado de direito, o sistema judiciário e para eliminar a corrupção crônica.

"Lamento apenas que os ucranianos nos territórios dominados pelos rebeldes no leste do país e na anexada Crimeia não puderam votar no domingo", disse Schulz.

O parlamento Europeu observou as eleições na Ucrânia com uma delegação de 14 membros.

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